A indústria de Chocolates e o setor supermercadista prorrogaram o tempo de permanência dos produtos de Páscoa nos pontos de venda do País. A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e a Associação Brasileira dos Supermercados (Abras) divulgaram comunicado ainda na quarta-feira, 7, confirmando a informação antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Segundo as associações, o acordo para a extensão do tempo de comercialização dos produtos por mais duas semanas visa garantir que os consumidores que não conseguiram acessar aos itens até o feriado, devido ao fechamento do comércio em muitas cidades do País, possam fazer suas compras com mais tranquilidade e segurança.
Na prática, porém, a decisão indica que sobraram mais produtos nas prateleiras do que o esperado.
A previsão da Abras era de que houvesse alta de até 15% nas vendas relacionadas à data. Entre os chocolates, os itens mais baratos estavam entre as principais apostas dos varejistas em volume de vendas. O item caixa de bombom tinha projeção de 12,9% de alta, seguido de barras e tabletes, com aumento previsto em 11,8%, e Ovos de Páscoa até 200 gramas, com alta projetada em 9,4%.
As maiores altas esperadas, no entanto, eram para vinhos importados e bacalhau, porque com a variação do câmbio no último ano, os preços subiram, e o montante em dinheiro das vendas seria consequentemente maior. Esperava-se alta de 15,3% para os vinhos e de 15,6% para o bacalhau, por exemplo.
Segundo dados divulgados pela Serasa Experian (LON:EXPN), as vendas nacionais no varejo físico cresceram 1,9% durante a Semana Santa, de 29 de março a 4 de abril.
A leve alta aconteceu na comparação com o baixo nível de vendas registrado ano passado no período equivalente, de 6 a 12 de abril, que foi 23,8% menor que no ano anterior, o pior resultado de toda a série histórica, iniciada em 2007.