NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto negociados na ICE atingiram uma mínima de mais de três semanas nesta quinta-feira devido a melhores perspectivas de oferta, bem como preocupações de que o aumento da inflação mundial possa prejudicar o crescimento global e diminuir a demanda por açúcar.
Os preços do café terminaram mais altos.
AÇÚCAR
O açúcar bruto para março fechou em alta de 0,06 centavo, ou 0,3%, a 17,99 centavos de dólar por libra-peso, após atingir o menor preço desde 10 de janeiro, a 17,77 centavos de dólar por libra-peso.
Operadores disseram que o açúcar está sendo prejudicado por boas colheitas fora do Brasil, embora tenham alertado que é improvável que a cotação caia abaixo de 17,50 centavos no curto prazo, porque ainda há dúvidas sobre quanto a próxima safra do maior produtor global se recuperou do clima adverso no ano passado.
Eles acrescentaram que não houve muita venda no mercado dos países produtores, mas os especuladores também ficaram tímidos no lado comprador depois que o açúcar não conseguiu ultrapassar os 18 centavos.
A Índia, segundo maior produtor de açúcar no mundo, produziu 18,7 milhões de toneladas do adoçante nos primeiros quatro meses de 2021/22, um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior, informou a Associação Indiana das Usinas de Açúcar (Isma, na sigla em inglês).
O açúcar branco de março subiu 3,30 dólares, ou 0,7%, a 492,50 dólares a tonelada.
CAFÉ
O café arábica de março subiu 5,1 centavos, ou 2,1%, a 2,439 dólares por libra-peso, o terceiro ganho consecutivo, na direção do pico de 10 anos de 2,50 dólares atingido em dezembro.
O arábica continua sustentado pelo ritmo lento das exportações do maior produtor, o Brasil, e pela rápida redução dos estoques certificados ICE.
O café robusta de março subiu 30 dólares, ou 1,4%, para 2.234 dólares a tonelada, afastando-se da mínima de três meses de 2.161 dólares estabelecida na segunda-feira.
(Reportagem de Marcelo Teixeira e Maytaal Angel)