O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse nesta 2ª feira (4.dez.2023) que o afundamento da mina da Braskem (BVMF:BRKM5) em Maceió não irá afetar o turismo na capital alagoana. A informação foi dada pelo presidente interino do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), em conversa com jornalistas depois de reunião com Sabino e com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL).
“O ministro Sabino saiu agora do gabinete da Presidência [do Senado]. Temos como obrigação informar também as pessoas que querem buscar Maceió como destino de lazer que a área de infraestrutura turística não sofreu qualquer tipo de abalo, que a área afetada é afastada da área turística”, disse Cunha.
Depois do encontro, Sabino também disse à jornalistas que “não há nenhum aparelho turístico” na capital alagoana “que está sendo influenciado pelos afundamentos”. A informação foi confirmada ao Poder360.
“A avenida Litorânea, as praias da cidade, o aeroporto da cidade, os hotéis que ficam ali nos principais atrativos turísticos da cidade de Maceió, nenhum deles tem sofrido qualquer consequência dos afundamentos”, afirmou o titular do Turismo.
ENTENDA O CASO
Na 4ª feira (29.nov), a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência na cidade por 180 dias. A causa é o risco iminente de colapso de uma mina da Braskem, localizada na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange. No dia seguinte, o mapa de risco foi ampliado e, com isso, moradores da região do Bom Parto foram incluídos no programa de realocação.
Segundo o governo do Estado, as minas são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração, mas que estavam sendo fechadas desde que o SGB (Serviço Geológico do Brasil) confirmou que a atividade realizada pela Braskem provocou o fenômeno geológico na região.
O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), criou um gabinete de crise para acompanhar a situação e os possíveis desabamentos. Caso o cenário se confirme, grandes crateras podem se formar nas áreas afetadas.
Dantas criticou a relação da Braskem com a Prefeitura de Maceió. Afirmou que o acordo fechado entre ambos está prejudicando a população das regiões afetadas.
O governo informou que o monitoramento na região foi reforçado depois de 5 abalos sísmicos registrados só em novembro. Segundo o coordenador-geral da Defesa Civil do Estado, coronel Moisés Melo, uma ruptura pode causar efeito cascata em outras minas.
“Não sabemos a intensidade, mas é certo que grande parte da cidade irá sentir. E temos outros problemas. Se houver uma ruptura nessa região podemos ter vários serviços afetados, a exemplo do abastecimento de água de parte da cidade e também do fornecimento de energia e de gás. Com certeza, toda a capital irá sentir os tremores se acontecer essa ruptura dessas cavernas em cadeia”, disse.