O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista ao programa 'Roda Viva', da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, a partir das 22h (de Brasília). Assista ao vivo no link abaixo.
O mercado financeiro aguarda sinalizações de Haddad sobre desoneração da folha e sobre a nova política industrial do governo, chamada de "Nova Indústria Brasil" e que terá R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até 2026. A medida foi anunciada ainda pela manhã e levou os investidores locais ao mal-humor, que se acentuou após as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Enquanto bolsas no mundo registravam alta, o Ibovespa, índice brasileiro, fechou em baixa, renovando mínimas. O índice fechou com queda de 0,82%, a 126.586,46 pontos, menor patamar de fechamento desde 12 de dezembro.
De acordo com o anúncio feito pelo governo, a política visa impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, de acordo com o Executivo. Os recursos serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep e Embrapii.
Parte desse recurso, R$ 106 bilhões, já haviam sido anunciada na primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) em julho do ano passado. Agora, o governo está incorporando ao montante R$ 194 bilhões, provenientes de diferentes fontes de recursos.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que os R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento na nova política industrial do Brasil será um "alento" para que o país saia do patamar em que se encontra e dê um "salto de qualidade". Contudo, o chefe do Executivo cobrou dos ministros que haja um acompanhamento para garantir o cumprimento das ações previstas.
O chefe do Executivo comentou que, inicialmente, o problema do País era o dinheiro, mas que agora, com a incorporação de recursos para financiamento, é possível que gargalos se resolvam com mais facilidade. "Se dinheiro não é problema, então precisamos resolver as coisas com muito mais facilidade", disse.
Na fala, ele cobrou os ministros para que se expanda as fronteiras de maneira comercial para que o País mostre o verdadeiro potencial. "Nós precisamos também fazer com que os empresários brasileiros acreditem um pouco no Brasil."
Os montantes serão disponibilizados por meio de linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis, além de recursos por meio de mercado de capitais, em alinhamento aos objetivos e prioridades das missões para promover a neoindustrialização nacional.
"A nova política busca melhorar diretamente o cotidiano das pessoas, estimular o desenvolvimento produtivo e tecnológico, ampliar a competitividade da indústria brasileira, nortear o investimento, promover melhores empregos e impulsionar a presença qualificada do país no mercado internacional", informou o governo.
"Uma outra frente de atuação da Nova Indústria Brasil é a desburocratização para a melhoria do ambiente de negócios. São 41 projetos, sendo 17 a serem executados pelos próximos dois anos pelo CNDI. O objetivo é enfrentar alguns dos principais desafios apresentados pelo setor produtivo, em consulta pública realizada pelo MDIC, para aumentar a produtividade e a competitividade das empresas brasileiras e melhorar o ambiente para investimentos produtivos."
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* Com informações de Estadão Conteúdo