Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que o presidente argentino Alberto Fernández, com que teve uma relação tumultuada até agora, será “muito bem-vindo” se quiser visitar o Brasil.
Ao ser perguntado se poderia visitar a Argentina, Bolsonaro, desconversou, mas garantiu que receberia o argentino.
“Eu estou à disposição, se ele quiser nos visitar eu estou à disposição. Se ele quiser visitar o Brasil será motivo de satisfação”, afirmou.
Mais cedo, em discurso na Confederação Nacional da Indústria, Bolsonaro deu mostras que pretendia distensionar a relação com a Argentina, mas emendou uma crítica à nomeação do que disse ser um “general de brigada” para o Ministério da Defesa, o que não é verdade.
O ministro da Defesa argentino, Agustín Rossi (SA:RSID3), é engenheiro civil e deputado federal. Segundo uma fonte, o presidente se referia ao chefe do Estado Maior, que na verdade ainda não foi nomeado.
Na entrevista no Alvorada, o presidente foi mais claro e disse que os sinais dados por Fernández ao mencionar o Brasil em seu discurso de posse são “excelentes”.
O presidente voltou a falar da importância do comércio entre Brasil e Argentina.
“O melhor comércio aqui na América do Sul é com a Argentina. Interessa para nós dois continuar esse comércio”, afirmou.
Bolsonaro ressaltou que Fernández tem mudado o seu discurso de críticas, por exemplo, ao comércio Brasil e Argentina.
“No passado ele falou que queria ver algumas coisas do acordo Mercosul-União Europeia, agora ele já fala diferente. As pessoas mudam. Espero que ele mude. Ele tem dado notícia que vem mudando”, disse. “Essa sinalização foi excelente. Eu não sou o radical que vocês acham que eu sou.”