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BS2 compra fintech Weel, prevê ser maior do país em antecipação de recebíveis

Publicado 07.06.2021, 15:54
Atualizado 07.06.2021, 15:55
© Reuters. Marcos Magalhães, presidente do BS2. Divulgação. 07/06/2021. BS2/REUTERS.
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O banco digital BS2 anunciou nesta segunda-feira a compra da fintech Weel, com planos de se tornar a maior do país em antecipação de recebíveis para pequenas e médias empresas (PMEs) nos próximos dois anos.

A transação, de valor não revelado, foi feita por meio de troca de ações, com os acionistas da Weel ficando com uma fatia do BS2 (ex-Banco Bonsucesso), banco médio fundado pela família Pentagna Guimarães especializado em varejo e PMEs, segmento para o qual tem uma carteira de quase 8 bilhões de reais, quase toda de recebíveis de PMES da indústria e do comércio.

Criada em 2015 em Israel, a Weel oferece capital de giro para empresas com receita média anual de cerca de 10 milhões de reais, usando algoritmos para definir os perfis dos que pedem antecipação de recursos e dos que pagam. Atualmente, faz cerca de 80 milhões de reais por mês em antecipações. No final do ano passado a empresa atingiu 1 bilhão de reais em financiamentos já realizados, movimento acelerado durante a recessão provocada pela crise com a pandemia da Covid-19.

O negócio ilustra a rápida movimentação de instituições financeiras emergentes no Brasil em direção às PMEs, segmento que frequentemente reclama de ser mal atendido pelos grandes bancos do país. Essa tendência vem ganhando força com o advento do "open banking", sistema unificado no qual os clientes decidem com quais bancos compartilham dados e fazem cada transação.

"Nós precisávamos de uma plataforma que operasse com uma pegada digital e com um modelo matemático", disse à Reuters o presidente do BS2, Marcos Magalhães, ex-presidente da Rede, braço de cartões do Itaú Unibanco (SA:ITUB4).

A aposta de novos entrantes no mercado bancário brasileiro é de que suas estruturas baseadas em inteligência artificial e "big data", como no caso da Weel, permitem entender melhor e de forma preditiva as necessidades individuais de cada empresa, dando-lhes grande vantagem em relação ao mercado bancário tradicional, que tem uma abordagem mais genérica.

"As iniciativas no mercado bancário no Brasil se concentram em ter solução para necessidade específica", disse o presidente e cofundador da Weel, Simcha Neumark.

Segundo ele, ter o cliente como foco de um negócio é uma coisa que ninguém ainda consegue fazer bem no país. "É isso o que nos propomos a fazer e transformar o BS2 Empresas no maior do mercado no setor em dois anos", acrescentou ele.

O anúncio ocorre em meio à entrada em vigor da chamada duplicata digital, sistema regulamentado pelo Banco Central no ano passado no qual os recebíveis são registrados num ambiente unificado, permitindo que o credor os use para obter crédito.

Segundo dados do BC, a antecipação de recebíveis movimenta cerca de 50 bilhões de reais por mês. Esse mercado, no entanto, é bastante fragmentado, sendo explorado por bancos, fundos de recebíveis, empresas de factoring, entre outros. Por isso, não há dados oficiais sobre quais as maiores instituições no setor.

© Reuters. Marcos Magalhães, presidente do BS2. Divulgação. 07/06/2021. BS2/REUTERS.

Com o sistema digital unificado, plataformas de base tecnológica avaliam que sairão na frente por se verem melhor preparadas para atender necessidades individuais das empresas, e lhes ofertando uma variedade de produtos, incluindo câmbio e seguros. Mas esse mercado também tem atraído interesse de instituições cuja gênese não é necessariamente bancária.

Além das próprias adquirentes de cartões, como Cielo (SA:CIEL3), StoneCo (NASDAQ:STNE), PagSeguro (NYSE:PAGS) e Getnet, que têm gradualmente oferecido mais produtos de crédito para gestão, as PMEs têm sido alvos crescentes de grupos como Mercado Pago, braço de pagamentos do Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34), e a carteira digital PicPay.

Além disso, as fintechs especializadas no setor também estão agindo rápido. A Cora recebeu em abril aporte de cerca de 150 milhões de reais liderada pelo fundo norte-americano Ribbit Capital e que incluiu Kaszek, QED Investors e Greenoaks Capital. A Linker, do empreendedor David Mourão e que surgiu no fim de 2019 oferecendo serviços transacionais para 20 mil clientes, deve passar a ofertar crédito no terceiro trimestre.

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