NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de café robusta da ICE subiram quase 3% nesta quarta-feira, atingindo o nível mais alto em pelo menos 16 anos, impulsionados pelo foco renovado na escassez de oferta nos principais produtores, enquanto o cacau caiu depois de atingir picos neste mês.
CAFÉ
* O café robusta de maio fechou em alta de 94 dólares, ou 2,7%, a 3.559 dólares a tonelada, depois de atingir um pico de 3.599 dólares, o nível mais alto desde que a forma atual dos contratos começou a ser negociada, em 2008.
CONFIRA: Cotação das principais commodities
* Negociantes disseram que agricultores e comerciantes locais do Vietnã, maior produtor de robusta, continuam sem pressa para vender, preferindo apostar em preços ainda mais altos, enquanto há pouca disponibilidade de café conilon (robusta) no Brasil até o início da próxima colheita, em abril.
* O café arábica de maio fechou quase estável, a 1,8805 dólares por libra-peso.
CACAU
* O contrato julho do cacau em Londres subiu 0,7%, para 7.663 libras por tonelada, depois de atingir seu último pico na terça-feira, de 8.009 libras.
* O cacau está se consolidando, mas negociantes disseram que o mercado continua apoiado por uma escassez de oferta após três safras consecutivas abaixo da média na Costa do Marfim e em Gana, os dois maiores produtores mundiais.
* "Há vários motivos para acreditar que uma parte significativa da inflação do cacau é estrutural. Talvez o mais notável seja o fato de que a implementação (da nova regulamentação sobre desmatamento) da União Europeia está adicionando custos estruturais ao sistema", disseram analistas do BNP Paribas (EPA:BNPP) em nota.
* O contrato julho do cacau em Nova York subiu 1,7%, para 9.318 dólares a tonelada.
AÇÚCAR
* O maio do açúcar bruto caiu 0,2 centavo, ou 0,9%, a 22,19 centavos de dólar por libra-peso.
* O setor de cana-de-açúcar do Brasil registrou um volume de moagem muito maior na primeira quinzena de março do que no mesmo período do ano passado, uma vez que mais usinas operaram, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo grupo industrial Unica.
* O maio do açúcar branco perdeu 1,2%, a 645,60 dólares por tonelada.