NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros do café robusta na ICE caíram na sexta-feira, depois de terem atingido novos picos de 15 anos na sessão anterior, já que os agricultores do Vietnã, principal produtor, evitaram vender na esperança de que os preços subissem ainda mais.
Os volumes de negociação foram reduzidos, com os futuros do robusta, do açúcar branco e do cacau em Londres tendo fechado mais cedo antes do feriado de Natal.
CAFÉ
* O café robusta de março caiu 127 dólares, ou 4,3%, para 2.837 dólares a tonelada métrica, depois de atingir o valor mais alto em pelo menos 15 anos, de 2.970 dólares, na quinta-feira.
* Os negociantes locais no Vietnã disseram que havia rumores no mercado de que os agricultores estavam atrasando ou descumprindo contratos de grãos vendidos anteriormente a preços muito mais baixos do que os valores de sexta-feira.
* O café arábica caiu 0,4%, a 1,928 dólares por libra-peso, depois de atingir seu maior valor desde abril na terça-feira.
* Os comerciantes disseram que foram registradas chuvas em algumas das regiões de cultivo de café do Brasil, o maior produtor de arábica, e que as previsões indicam mais chuvas a partir deste fim de semana.
AÇÚCAR
* O açúcar bruto fechou em alta de 0,38 centavo, ou 1,9%, a 20,62 centavos de dólar por libra-peso, depois de cair para seu nível mais baixo desde o início de março na quinta-feira.
* Os negociantes disseram que o mercado parecia querer ver o que estava abaixo de 20 centavos no curto prazo, especialmente porque a produção do Brasil, o maior produtor, aumentou e as preocupações com o clima ficaram em segundo plano, por enquanto.
* Eles acrescentaram, no entanto, que uma correção para cima era esperada após a queda acentuada em um curto período de tempo.
* A Tereos, um dos maiores produtores de açúcar do Brasil, anunciou nesta sexta-feira que encerrou a safra 2023/24 com aumento de 19% na produção do adoçante em relação ao ciclo anterior, contando com uma moagem recorde de cana que superou as expectativas devido ao aumento da produtividade.
* O açúcar branco de março terminou em alta de 3,50 dólares, ou 0,6%, a 590,20 dólares por tonelada.
(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)