Por Jesse Cohen
Investing.com - A província chinesa no epicentro do surto de coronavírus registrou um pico acentuado em casos confirmados e mortes na quinta-feira, sugerindo uma crise muito maior para a China e o mundo.
Os mercados globais de ações afundaram enquanto os investidores corriam para a segurança dos ienes japoneses, ouro e títulos depois que a província chinesa de Hubei registrou 14.840 novos casos na quarta-feira, quase nove vezes mais que 1.638 novos casos na terça-feira.
O aumento no número de casos de Hubei ocorreu quando as autoridades adotaram uma nova metodologia para a contagem.
Hubei também relatou 242 novas mortes, o dobro do número do dia anterior e o aumento mais rápido na contagem diária desde que o patógeno foi identificado pela primeira vez em dezembro.
Mais de 1.300 pessoas morreram da epidemia na China, com cerca de 60.000 infectadas, segundo o governo chinês.
Bancos centrais partirão para o resgate?
À medida em que o coronavírus se espalha, os participantes do mercado estão tentando avaliar se os bancos centrais da China e dos EUA farão um esforço conjunto para conter os danos em suas respectivas economias, aproveitando as ferramentas de política monetária.
O Banco Popular da China implementou uma série de medidas de estímulo para apoiar a economia nas últimas semanas, incluindo inundar o mercado de liquidez e reduzir algumas das principais taxas de juros de curto prazo do mercado.
O surto pode até forçar o Federal Reserve a intervir e reduzir as taxas de juros para aliviar o impacto nos mercados dos EUA.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, observou em depoimentos ao Congresso esta semana que as consequências do surto de coronavírus na China representam um risco para a economia dos EUA.
Ele acrescentou que o banco central combateria a próxima desaceleração econômica comprando grandes quantidades de dívida do governo para reduzir as taxas de juros de longo prazo, uma estratégia que foi denominada flexibilização quantitativa, ou QE.
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- A Reuters contribuiu para esta matéria