XANGAI (Reuters) - A China manteve as taxas de empréstimo de referência pelo quinto mês consecutivo nesta sexta-feira, como esperado, mas analistas dizem que cortes futuros são possíveis já que o banco central prometeu sustentar a economia devastada pela Covid-19.
A taxa de empréstimo de um ano (LPR) , em que se baseiam a maioria dos empréstimos novos e pendentes, ficou em 3,65%.
A LPR de cinco anos, considerada taxa de referência do crédito à habitação, foi mantida em 4,30%. A China cortou as duas LPRs pela última vez em agosto.
A decisão sobre de janeiro ficou em linha com o resultado de uma pesquisa da Reuters realizada esta semana, em que quase dois terços dos entrevistados previram que não haveria nenhuma mudança nas taxas.
O iminente feriado do Ano Novo Lunar, a decisão do Banco do Povo da China de deixar sua taxa de juros inalterada neste mês e a implementação de um novo mecanismo de taxa de hipoteca foram citados por analistas como razões para a inação.
Ainda assim, analistas esperam mais afrouxamento à frente. A Capital Economics prevê que cortes nas taxas ocorram já no próximo mês.
A publicação das LPRs de janeiro ocorreu no último dia útil na China antes do feriado de uma semana do Festival da Primavera. Também ocorreu depois que a China estabeleceu neste mês um mecanismo de ajuste dinâmico nas taxas de hipoteca para compradores de moradias pela primeira vez.
Analistas dizem que a mudança de política de hipotecas diminui a urgência de reduzir a LPR de cinco anos.
(Reportagem da Redação de Xangai)