Por Chen Aizhu
CINGAPURA (Reuters) - As exportações de óleo diesel da China em outubro atingiram quase o dobro do nível registrado no ano anterior, embora tenham ficado abaixo do de setembro, enquanto os embarques de combustível de aviação aumentaram 39%, graças às novas cotas oficiais.
As exportações de diesel no mês passado totalizaram 1,06 milhão de toneladas, bem abaixo das 1,73 milhão de toneladas de setembro, mas acima das 560 mil toneladas do ano anterior, segundo dados da alfândega.
O rápido crescimento nas exportações de diesel desde agosto diminuiu os estoques domésticos do combustível. As refinarias aumentaram a produção de diesel em novembro, tanto para repor os estoques quanto para aproveitar as margens ainda robustas das exportações.
As exportações de combustível de aviação, incluindo o reabastecimento em aeroportos chineses para companhias aéreas que operam rotas internacionais, atingiram 1,16 milhão de toneladas, ante 1,23 milhão de toneladas em setembro.
Já os embarques de gasolina ficaram praticamente estáveis em um milhão de toneladas, mostraram dados da Administração Geral das Alfândegas.
As exportações totais de combustível refinado no mês passado cresceram 13%, o terceiro mês consecutivo de alta no comparativo ano a ano, devido à liberação por Pequim de um grande conjunto de cotas de exportação.
Os dados desta sexta-feira também mostraram que as importações de gás natural liquefeito (GNL) pela China caíram para 4,03 milhões de toneladas, 34% abaixo do nível do ano anterior. O volume também representou a menor importação mensal de GNL desde junho de 2018.
As baixas importações de GNL em outubro, que vêm após uma breve recuperação em setembro, ocorreram quando os produtores nacionais aumentaram a produção doméstica de gás para atender à demanda por aquecimento de inverno no norte da China.
As importações de GNL no ano até o momento permaneceram 21,6% abaixo do período correspondente do ano passado, em 50,5 milhões de toneladas, pois os altos custos de importação e os bloqueios da Covid-19 prejudicaram a demanda. A China está a caminho de registrar seu primeiro grande declínio nas importações anuais de GNL desde 2006.
(Por Chen Aizhu)