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China vai "comer nosso almoço", alerta Biden após conversa com Xi Jinping

Publicado 11.02.2021, 18:37
Atualizado 11.02.2021, 18:40
© Reuters. Biden em visita ao Pentágono
TIMS3
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Por David Brunnstrom e Alexandra Alper e Yew Lun Tian

WASHINGTON/PEQUIM (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu equivalente chinês, Xin Jinping, conversaram pela primeira vez por telefone como líderes que parecem discordar em grande parte dos assuntos, mesmo com Xi alertando que o confronto seria um "desastre" para ambos os países. 

Embora Xi tenha pedido uma cooperação onde os dois lados saiam ganhando, Biden disse que os EUA são o "mais sério adversário" da China e prometeu "competir e ganhar" de Pequim.

Na quinta-feira, Biden disse a um grupo de senadores norte-americanos de ambos os partidos em uma reunião sobre a necessidade de ampliar a infraestrutura dos EUA para aumentar a competitividade diante do desafio dos chineses. 

Biden afirmou ter conversado com Xi por duas horas na noite de quarta-feira e avisou aos senadores: "Se não começarmos a nos mexer, eles vão comer o nosso almoço".

"Eles estão investindo bilhões de dólares em uma série de questões que tem a ver com transportes, meio ambiente e uma gama de outras coisas. Precisamos de um passo à frente".

A Casa Branca disse que Biden enfatizou a Xi que é prioridade dos EUA preservar a região indo-pacífica livre e aberta, área onde os Estados Unidos e a China são grandes rivais estratégicos. 

Biden também expressou preocupações "fundamentais" sobre as práticas comerciais "coercitivas e injustas" de Pequim, assim como questões de direitos humanos, incluindo a repressão chinesa em Hong Kong e o tratamento aos muçulmanos de Xinjiang, além de ações cada vez mais assertivas na Ásia, incluindo em relação a Taiwan. 

A porta-voz da Casa Branca Jen Psaki disse que Biden também expressou preocupação com a falta de transparência da China em relação ao coronavírus. 

Todas as questões de direitos mencionadas por Biden foram as que Pequim havia pedido explicitamente para que seu governo ficasse de fora. 

Xi disse a Biden que o confronto seria um "desastre" e que os dois lados deveriam restabelecer os meios para evitar erros de julgamento, afirmou o Ministério de Relações Exteriores da China. 

Xi manteve um tom de linha dura em relação a Hong Kong, Xinjiang e Taiwan, chamando-os de questões de "soberania e integridade territorial" que esperava que Washington lidasse de maneira cautelosa. 

A conversa por telefone foi a primeira entre os líderes chinês e norte-americano desde que Xi falou com o ex-presidente Donald Trump no último dia 27 de março, quase 11 meses atrás. Desde então, as relações entre as duas maiores economias do mundo têm se deteriorado.

Durante o governo Trump, os EUA lançaram uma série de ações contra a China, incluindo uma guerra comercial, sanções contra autoridades e empresas chinesas consideradas ameaças de segurança, e contestaram as reivindicações territoriais de Pequim sobre o Mar do Sul da China.

Xi parabenizou Biden por sua eleição em uma mensagem em novembro, embora Biden o tenha chamado de "bandido" durante a campanha e prometido liderar um esforço internacional para "pressionar, isolar e punir a China".

© Reuters. Biden em visita ao Pentágono

Autoridades chinesas expressam a esperança contida de que as relações bilaterais melhorarão com Biden, e exortaram Washington a buscar um meio-termo com Pequim.

Os relatos norte-americano e chinês do telefonema mencionaram áreas de cooperação em potencial, com destaques para a mudança climática e o combate à pandemia de Covid-19.

(Reportagem de David Brunnstrom, Michael Martina, Alexandra Alper e Tim (SA:TIMS3) Ahmann em Washington, e Yew Lun Tian em Pequim; Reportagem adicional de Ben Blanchard em Taipei)

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