Dólar se reaproxima dos R$5,60 impulsionado pelo exterior após acordo entre EUA e UE
Por David Lawder e Greta Rosen Fondahn
ESTOCOLMO (Reuters) - As principais autoridades econômicas dos Estados Unidos e da China retomaram as negociações em Estocolmo nesta segunda-feira para resolver disputas econômicas de longa data no centro de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, com o objetivo de prorrogar uma trégua por três meses.
O chefe do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, faz parte de uma equipe de negociação dos EUA que chegou a Rosenbad, o escritório do primeiro-ministro sueco no centro de Estocolmo, no início da tarde. O vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, também foi visto no local em um vídeo.
A China enfrenta o prazo de 12 de agosto para chegar a um acordo tarifário duradouro com o governo do presidente Donald Trump, depois que Pequim e Washington chegaram a entendimentos preliminares em maio e junho para encerrar semanas de escalada das tarifas e questões envolvendo minerais de terras raras.
Trump falou sobre as negociações durante uma coletiva de imprensa com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia.
"Eu adoraria ver a China abrir seu país. Estamos negociando com a China neste exato momento enquanto falamos", disse Trump.
Sem um acordo, as cadeias globais de oferta poderão enfrentar uma nova turbulência devido ao fato de as tarifas dos EUA voltarem a três dígitos, o que equivaleria a um embargo comercial bilateral.
O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, disse que não espera "nenhum tipo de grande avanço hoje" nas negociações em Estocolmo, das quais ele está participando.
"O que eu espero é o monitoramento contínuo e a verificação da implementação do nosso acordo até agora, garantindo que os principais minerais críticos estejam fluindo entre as partes e estabelecendo as bases para um comércio aprimorado e equilibrado daqui para frente", disse ele à CNBC.
As negociações em Estocolmo ocorrem após o maior acordo comercial já fechado por Trump com a União Europeia no domingo, que prevê uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações de produtos da UE para os Estados Unidos.
Analistas comerciais disseram que é provável que haja outra prorrogação de 90 dias da trégua tarifária e de controle de exportação firmada em meados de maio entre a China e os Estados Unidos.
Uma prorrogação facilitaria o planejamento de uma possível reunião entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping no final de outubro ou início de novembro.
O Financial Times informou nesta segunda-feira que os EUA haviam suspendido as restrições sobre exportações de tecnologia para a China para evitar interromper as negociações comerciais com Pequim e apoiar os esforços de Trump para garantir uma reunião com Xi este ano.
(Reportagem de David Lawder, Greta Rosen Fondahn, Marie Mannes, Janis Laizans e Maria Martinez em Estocolmo; reportagem adicional de Liz Lee e Yukun Zhang em Pequim, Terje Solsvik e Gwladys Fouche em Oslo e Bhargav Acharya em Toronto)