Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com -- Os futuros das ações dos EUA registravam estabilidade nesta quarta-feira, 3, com os investidores aguardando a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve e novos dados do mercado de trabalho. Os principais índices subiram na sessão anterior, com o S&P 500, em particular, fechando acima de 5.500 pontos pela primeira vez.
No front corporativo, a Apple estaria prestes a assumir uma função de observadora no conselho da OpenAI, fabricante do ChatGPT.
No Brasil, alta do dólar preocupa governo e leva a rumores de possível atuação do Banco Central.
Confira agora mais detalhes sobre as principais notícias desta manhã no mercado financeiro.
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1. Futuros americanos estáveis à espera da ata do Fed
Os futuros de ações dos EUA foram silenciados na quarta-feira, depois que as principais médias de Wall Street subiram na sessão anterior.
Às 8h05 (de Brasília), o contrato S&P 500 futures estava sendo negociado em alta de 0,07%, Nasdaq 100 futures subia 0,04% e Dow futures ganhava 0,15%.
Na terça-feira, o índice de referência S&P 500 fechou acima de 5.500 pontos pela primeira vez, enquanto o índice de alta tecnologia Nasdaq Composto avançou 0,8% para terminar acima de 18.000 pontos pela primeira vez.
Nomes de crescimento de megacapitalização, como Apple (NASDAQ:AAPL) e Amazon (NASDAQ:AMZN), ajudaram a sustentar os ganhos. A montadora de carros elétricos Tesla (NASDAQ:TSLA) também subiu depois de revelar entregas no segundo trimestre melhores do que o esperado.
O sentimento também foi ajudado por dados que mostram que as vagas de emprego nos EUA aumentaram em maio, após quedas nos dois meses anteriores, embora as demissões tenham aumentado. Juntamente com um relatório sobre as folhas de pagamento privadas na quarta-feira, outros números a serem divulgados nesta semana podem fornecer uma visão mais profunda da situação do mercado de trabalho na maior economia do mundo.
O Federal Reserve deve divulgar na quarta-feira a ata de sua reunião de política monetária em junho, quando o banco central deixou as taxas de juros inalteradas em uma faixa de mais de duas décadas de alta e sinalizou que espera cortar os custos de empréstimos apenas uma vez este ano. Em março, o Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece as taxas, indicou que previa até três reduções em 2024.
No entanto, os dados recentes que apontam para uma inflação moderada, mas estável, levaram várias autoridades a pedir mais evidências de que o crescimento dos preços está se arrefecendo de forma sustentável para a meta de 2% do Fed antes de implementar cortes nas taxas.
Em discurso em um evento do Banco Central Europeu na terça-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, previu que a inflação retornará a 2% até o final de 2025 ou no ano seguinte, mas disse que os formuladores de políticas "levarão um tempo" antes de reduzir as taxas.
Apesar dos comentários, os mercados estão apostando amplamente que o Fed divulgará dois cortes antes do final do ano, com o primeiro estimado para setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group (NASDAQ:CME), monitorada de perto.
CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com
2. Apple assumirá papel de observadora no conselho da OpenAI - relatórios
A Apple está pronta para assumir um papel de observadora no conselho da OpenAI, fabricante do ChatGPT e da inteligência artificial, segundo relatos da mídia.
Citando pessoas familiarizadas com a situação, os meios de comunicação informaram que Phil Schiller, chefe da loja de aplicativos da Apple, foi selecionado para o cargo. Schiller poderá participar das reuniões da OpenAI, mas não poderá votar nas decisões da diretoria, acrescentaram os relatórios.
Com a função de observador, a Apple obterá uma visão semelhante à da Microsoft (NASDAQ:MSFT) sobre o funcionamento interno da OpenAI. O grupo de software é atualmente o maior investidor da OpenAI, tendo investido cerca de US$ 13 bilhões na empresa.
No mês passado, a Apple anunciou que planeja incluir o chatbot ChatGPT em suas ofertas como parte de um esforço mais amplo da gigante do iPhone para aprimorar seus recursos de inteligência artificial.
CONFIRA: Cotação das ações dos EUA na pré-abertura em Wall Street
3. Skydance chega a acordo para assumir o controle acionário da Paramount - Reuters
A National Amusements, de Shari Redstone, fechou um acordo preliminar para vender o controle acionário da Paramount Global (NASDAQ:PARA) para a Skydance Media, de David Ellison, segundo a Reuters.
A agência de notícias, citando pessoas familiarizadas com o assunto, disse que a Skydance pagaria US$ 1,75 bilhão pela National Amusements, a cadeia de cinemas e detentora da participação de 77% da família Redstone na Paramount.
De acordo com os termos do plano, a Paramount, o estúdio de cinema centenário por trás de filmes de sucesso como "Titanic" e "O Poderoso Chefão" e proprietária de redes a cabo como Nickelodeon e MTV, se fundiria com sua contraparte menor, a Skydance.
As ações classe B da Paramount subiram nas negociações de horário estendido após a notícia, que foi relatada pela primeira vez pelo Wall Street Journal.
CONFIRA: Cotação dos principais índices globais
4. O petróleo sobe com a retirada dos estoques dos EUA
Os preços do petróleo subiram na quarta-feira, impulsionados por dados do setor que mostraram uma redução maior do que a esperada nos estoques de petróleo dos EUA.
Às 8h05, os contratos futuros do petróleo dos EUA (WTI) eram negociados 0,11% mais altos, a US$82,90 por barril, enquanto o contrato Brent subia 0,19%, para US$86,40 por barril.
Ambos os índices de referência haviam recuado de seus níveis mais altos desde o final de abril, durante a sessão anterior, devido ao enfraquecimento das preocupações de que o furacão Beryl interromperia a produção no Golfo do México.
O American Petroleum Institute, órgão do setor, divulgou dados na terça-feira mostrando que estoques de petróleo americanos caíram pouco mais de 9 milhões de barris na semana encerrada em 28 de junho, muito mais do que o esperado.
A Administração de Informações sobre Energia deve divulgar os dados semanais oficiais ainda nesta sessão. Espera-se que a demanda por gasolina nos EUA, o maior consumidor de petróleo do mundo, aumente com o feriado do Dia da Independência nesta semana.
ACOMPANHE: Cotações das commodities
5. Dólar nas alturas segue em pauta
Após ultrapassar R$5,70 ontem, a apreciação do dólar segue preocupando. A moeda americana fechou o dia a R$ 5,6673, alta de 0,22%, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmar que haveria um jogo especulativo contra o real. O presidente deve se reunir com a equipe econômica nesta quarta para discutir o tema e avaliar possíveis encaminhamentos, disse à Rádio Solidariedade. "Temos de fazer alguma coisa. Eu não posso falar aqui o que é possível fazer, porque eu estaria alertando os meus adversários", disse Lula.
As declarações do presidente seguem causando estresse no câmbio, incluindo críticas ao Banco Central brasileiro e indicativos de que os ajustes fiscais serão via aumento da receita, não cortes de gastos.
A apreciação da moeda americana frente ao dólar levou a rumores de que pode haver interferência do BCB com oferta de swaps ou moeda à vista. Desde o início do ano, o dólar acumula uma alta de 16,8%.
Segundo a Ativa Investimentos, dois boatos foram mais fortes, sendo o primeiro de que o BC teria consultado as mesas de bancos sobre demanda por liquidez e o segundo sobre mudanças do IOF sobre câmbio, o que a equipe econômica desmentiu.
“Ainda que relativamente usual, a consulta em um momento de estresse alimentou as ideias de que a autoridade possa fazer algum tipo de injeção. Nesse caso específico, com um BC sofrendo ataques políticos de Lula, um alinhamento desmedido de interferência cambial pode alimentar receios sobre a autoridade monetária”, avalia a Ativa.
Às 8h05 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 0,15% no pré-mercado.
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