Investing.com - Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 24 de junho, sobre os mercados financeiros:
1. Petróleo sobe enquanto EUA preparam mais sanções contra o Irã
Os EUA prolongaram o rali da semana passada, com as tensões entre o país e o Irã permanecendo em foco acentuado. O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, alertou que sanções "significativas" serão anunciadas na segunda-feira e disse que buscará construir uma "coalizão global" para lidar com o Irã enquanto se reúne para negociações com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
Na semana passada, o presidente Donald Trump disse que cancelou um ataque militar em resposta ao Irã ter abatido um drone não tripulado dos EUA. A escalada das tensões elevou o petróleo do West Texas Intermediate (WTI) em cerca de 10% na semana.
Os futuros do petróleo bruto ganhavam 35 centavos, ou 0,61%, para US$ 57,78 por volta das 8h27, embora o petróleo de Brent tenha tido uma ligeira queda de 0,17% a US$ 64,45. Dados divulgados na sexta-feira pela CFTC mostraram que o saldo de posições especulativas longas sobre o petróleo subia pela primeira vez em oito semanas na semana passada, sugerindo que a pressão de venda de contas especulativas está diminuindo. Enquanto isso, o número de plataformas de perfuração em uso nos EUA permaneceu estável, de acordo com dados de Baker Hughes
2. China confirma conversas com Trump no G-20
Pequim confirmou que o presidente Xi Jinping viajará ao Japão de 27 a 29 de junho, em meio a expectativas de que ele se reunirá com Trump nos bastidores de uma reunião do G-20 que será dominada pela disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.
O vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, disse na segunda-feira que as negociações comerciais estão em andamento e insistiu que ambos os lados devem fazer concessões.
Embora Wang não tivesse fornecido detalhes específicos, o vice-chanceler Zhang Jun indicou que os negociadores estavam se preparando para uma reunião entre Xi e Trump.
3. Bolsas globais mistas enquanto mercados medem impacto das tensões entre EUA e Irã contra esperanças comerciais
As bolsas globais tiveram comércio misto no começo da semana, com o aumento das tensões entre os EUA. e o Irã pesando contra as esperanças de que Washington e Pequim possam se aproximar de um entendimento comercial na cúpula do G-20.
Wall Street estava a caminho de recuperar as perdas de sexta-feira com os o mercado futuro dos EUA apontando para abertura maior. Os futuros do Dow ganhavam 48 pontos, ou 0,18%, às 08h30, os futuros do S&P 500 subiam 5,12 pontos, ou 0,17%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 avançava 18,12 pontos, ou 0,24%.
Em outros lugares, as ações europeias eram ligeiramente inferiores com um aviso de lucro da Daimler (DE:DAIGn) e ainda outra queda do sentimento empresarial alemão ao seu nível mais baixo desde 2014, amortecendo o otimismo.
As ações asiáticas terminaram ligeiramente em alta, à espera de algum tipo de progresso nas negociações comerciais de EUA-China apoiando o sentimento.
4. Bitcoin recua de máxima recorde de 15 meses acima de US$ 11.000
Um rali de duas semanas em bitcoin conseguiu empurrar brevemente a maior moeda criptografada por capitalização de mercado além dos US$ 11.000 no fim de semana em uma corrida frenética a partir de pouco menos de US$ 7.900. O rali foi comparado à mania que empurrou a moeda alternativa para máximas de quase US$ 20.000 em 2017.
Alguns analistas deram crédito ao lançamento planejado da moeda digital Libra, do Facebook (NASDAQ:FB), para ressuscitar o interesse em moedas criptografadas, levando o bitcoin a uma alta de 15 meses.
Thomas Lee, co-fundador da Fundstrat Global Advisors, disse na semana passada que o nível de US$ 10.000 era "FOMO" (medo de perder algo importante na sigla em inglês), implicando que era onde os investidores passariam pelo "medo de perder", trazendo uma onda de compradores que impulsionaria os preços ainda mais.
5. Ativos turcos saltam enquanto Erdogan admite derrota na eleição de Istambul
As lira, ações e títulos do governo da Turquia saltaram na segunda-feira depois que o partido governista liderado pelo presidente Tayyip Erdogan admitiu a derrota para oposição em uma reprise de eleições para a prefeitura de Istambul.
A concessão do governo diminuiu as preocupações de que poderia usar seu poder para reprimir o processo democrático, fornecendo alívio para os ativos turcos que caíram este ano sob pressão dos esforços pouco ortodoxos do governo para manter uma crise de dívida em curso sob controle nos bancos do país.
Mesmo com a tensão política esfriando, os investidores continuarão atentos à disputa entre Ancara e Washington pela compra de sistemas de defesa russos S-400 pela Turquia. Os EUA alertaram que a entrega prevista para o próximo mês provocaria sanções econômicas.
Erdogan e Trump devem se reunir na cúpula do G-20 para discutir o assunto.
- Reuters contribuiu com esta reportagem