Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com -- Comentários de legisladores em Washington acendem a esperança de que eles possam chegar a um acordo para aumentar o teto da dívida dos EUA e evitar um calote que poderia ter consequências de longo alcance. Enquanto isso, relatos dizem que o presidente da Ucrânia fará uma viagem inesperada para a cúpula do G7 no Japão, onde os líderes ocidentais estão se preparando para revelar novas sanções contra a Rússia. O presidente brasileiro participa da reunião como convidado.
1. "Progresso constante" nas negociações sobre o teto da dívida
O presidente dos EUA Joe Biden foi informado por funcionários na sexta-feira que "progresso constante" está sendo feito na corrida para chegar a um acordo para aumentar o limite da dívida de mais de US$31 trilhões do país, disseram fontes à Reuters na sexta-feira.
De acordo com o relatório, Biden, que está no Japão para a cúpula do G7 neste fim de semana, pediu à sua equipe que continue avançando nas negociações com os assessores que representam os republicanos do Congresso. Os dois lados continuam em desacordo sobre os planos de gastos, com os EUA à beira de um default potencialmente prejudicial.
A expectativa geral das autoridades é que o país não consiga mais pagar suas contas já no início de junho.
Os futuros das ações dos EUA entraram no verde na sexta-feira, mas permaneceram em grande parte perto da linha plana, com os investidores avaliando a probabilidade de os legisladores em Washington chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida.
Às 8h05 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava em alta de 0,16%, o S&P 500 futuros adicionava 0,18%, e o Nasdaq 100 futuros subia 0,08%.
O índice de referência de Wall Street, S&P 500, ganhou quase 40 pontos, ou 0,94%, na sessão anterior, seu maior fechamento em 2023, enquanto o Dow Jones Industrial Average, de base ampla, subiu 0,3% e o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, saltou 1,5%.
As ações avançaram depois que o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, o líder republicano de fato nas discussões, sugeriu que a Câmara dos Deputados pode votar em um acordo sobre o limite de empréstimos já na próxima semana. Mais tarde, o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, pediu aos membros da câmara alta do Congresso que também estivessem prontos para votar em um dia.
2. Zelensky participará da cúpula do G7
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky deve se juntar pessoalmente aos líderes do Grupo das Sete principais democracias em uma importante cúpula no Japão, de acordo com vários relatos da mídia.
O conflito na Ucrânia já estava previsto para dominar as discussões no encontro, que começa hoje e vai até domingo. Mas a presença inesperada de Zelensky (ele estava inicialmente programado para aparecer por videoconferência) é vista como um esforço da Ucrânia para reforçar o apoio militar ocidental, especialmente em Washington.
Sua visita também ocorre no momento em que o G7 se prepara para revelar sanções mais fortes contra a Rússia, com o grupo tentando diminuir o fluxo de financiamento para o esforço de guerra de Moscou. Na quinta-feira, as autoridades disseram ao Financial Times que as novas sanções se aplicariam a tudo, desde indivíduos e aeronaves até navios e diamantes.
3. Lula também participa de cúpula do G7 como convidado
Pela sétima vez, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre agenda como convidado da Cúpula do G7. A tradicional reunião contempla líderes de sete das maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. As outras seis participações de Lula ocorreram nos dois primeiros mandatos, sendo a última em 2009.
Representantes da Índia, Indonésia, Austrália, Ilhas Cook, Comores, Coreia do Sul, Vietnã e representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da Agência Internacional de Energia, da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da União Europeia também participam como convidados.
A comitiva presidencial já chegou a Hiroshima, no Japão, e Lula terá intensa agenda de reuniões bilaterais com chefes dos países, com o secretário-geral da ONU e com empresários japoneses. Ainda, o presidente brasileiro estará em três sessões temáticas do G7, que devem debater temas como democracia, meio ambiente, mudanças climáticas, energia e desenvolvimento.
Às 8h (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) estava estável no pré-mercado.
4. Vendas do Alibaba
As ações listadas em Hong Kong do Alibaba Group (HK:9988) caíram mais de 6% na sexta-feira, depois que a gigante do comércio eletrônico divulgou um resultado trimestral decepcionante nos lucros devido à lentidão dos gastos dos consumidores na China.
A empresa registrou receita de RMB 208.20 bilhões (US$1 = RMB 7.04) abaixo das estimativas de RMB 210.3B.
As vendas diretas da Alibaba na China, que constituem a maior parte de sua receita, também perderam 1% no trimestre. O declínio reflete uma lenta recuperação nos gastos dos compradores chineses este ano, após a suspensão das restrições da covid-19 no país. Os gastos cresceram, mas continuam bem abaixo dos níveis pré-pandêmicos.
Embora as ações tenham recebido algum apoio nas últimas sessões, especialmente do conhecido investidor Michael Burry, que dobrou sua participação na empresa, as perdas de hoje fizeram com que a maior parte desses ganhos fosse desfeita. A ação agora está sendo negociada um pouco acima da mínima de dois meses.
5. Petróleo sobe
Os preços do petróleo subiram na sexta-feira, já que a esperança de que os EUA evitem um default possivelmente catastrófico convenceu alguns traders a comprar de volta em mercados com grandes descontos.
Às 8h05 (de Brasília), os futuros do petróleo dos EUA subiam 1,20%, para US$72,72 por barril, enquanto o contrato do Brent ganhava 1,23%, para US$76,79 por barril.
O mercado de petróleo bruto está a caminho de aumentar cerca de 3% esta semana, o maior ganho semanal desde o início de abril, quebrando uma série de quatro semanas consecutivas de perdas.