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Fique por dentro das 5 principais notícias do mercado desta terça-feira

Publicado 06.08.2024, 08:09
© Reuters.
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Por Peter Nurse e Jessica Bahia Melo

Investing.com – Os índices de Wall Street devem se recuperar na terça-feira após a queda da sessão anterior, seguindo a recuperação do Nikkei, enquanto o Google, da Alphabet, perdeu um processo antitruste nos EUA. No Brasil, destaque para ata da última reunião de política monetária.

CONFIRA: Calendário Econômico do Investing.com

1. Futuros americanos se recuperam após forte queda; Google perde processo antitruste nos EUA

Os futuros das ações dos EUA subiram na terça-feira, recuperando-se após as fortes perdas da sessão anterior devido a preocupações de que a economia dos EUA estivesse caminhando para uma recessão.

Às 8h06 (de Brasília), o contrato Dow futuros estava 0,77% mais alto, o S&P 500 futuros subiu 1,02% e o Nasdaq 100 futuros 1,02%.

Os índices de Wall Street tiveram um início brutal para a nova semana, com a blue chip Dow Jones Industrial Average caindo mais de 1.000 pontos, ou 2,6%, e a S&P 500 index, de base ampla, caindo 3%, suas piores sessões desde setembro de 2022. O índice do setor de tecnologia Nasdaq Composto caiu 3,4%, caindo ainda mais no território de correção.

Os resultados da Caterpillar (NYSE:CAT), referência industrial, serão divulgados mais tarde na sessão e fornecerão mais informações sobre a saúde da manufatura e do consumidor. Espera-se também que a Super Micro Computer (NASDAQ:SMCI) apresente seus relatórios, e estará particularmente em foco, já que está no centro do entusiasmo do mercado com relação à inteligência artificial.

A Palantir Technologies (NYSE:PLTR) subiu 10% no pré-mercado devido aos fortes resultados trimestrais e a um aumento na orientação, enquanto o Lucid Group (NASDAQ:LCID) subiu mais de 13% devido à receita melhor do que a esperada no segundo trimestre.

O Google, da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), violou a lei antitruste, segundo decisão de um juiz federal dos EUA na segunda-feira, quando a gigante da tecnologia perdeu sua batalha legal contra o Departamento de Justiça, a primeira grande vitória das autoridades federais que enfrentam o domínio de mercado da Big Tech.

"O Google é um monopolista e tem agido como tal para manter seu monopólio", decidiu o juiz Amit Mehta, em Washington, na segunda-feira.

O juiz concluiu que o Google "violou a Seção 2 da Lei Sherman ao manter seu monopólio em dois mercados de produtos nos Estados Unidos - serviços de busca geral e publicidade de texto geral - por meio de seus acordos de distribuição exclusiva".

A decisão, que pode ser objeto de recurso, representou uma grande vitória para o DoJ, que havia argumentado que os acordos do Google com empresas, incluindo a Apple (NASDAQ:AAPL), para tornar o Google o mecanismo de busca padrão em smartphones violavam as leis antitruste.

A decisão abre caminho para um segundo julgamento para determinar possíveis correções, possivelmente incluindo um desmembramento da Alphabet, controladora do Google, e também incentiva as autoridades antitruste dos EUA a processar as poderosas empresas de tecnologia de ponta.

ACOMPANHE: Calendário da temporada de balanços

2. Harris deve revelar seu companheiro de chapa

Kamala Harris deve revelar seu companheiro de chapa para a vice-presidência ainda nesta terça-feira, sua primeira decisão importante como candidata à presidência do Partido Democrata, em sua tentativa de conquistar a Casa Branca em novembro. Harris reduziu sua lista de candidatos ao governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e ao governador de Minnesota, Tim Walz, informou a Reuters, citando fontes.

Harris se tornou a porta-bandeira do Partido Democrata depois que o presidente Joe Biden encerrou sua campanha de reeleição no mês passado, reunindo delegados suficientes para ser a indicada do partido e levando o Comitê Nacional Democrata a confirmar, na segunda-feira, que ela havia garantido oficialmente a indicação. Espera-se que Harris apareça com seu companheiro de chapa em um evento na Filadélfia na terça-feira.

VEJA: Cotações das ações americanas no pré-mercado

3. Nikkei se recupera, mas ainda está em um mercado em baixa

A maioria dos mercados acionários asiáticos se recuperou na terça-feira, com o índice de referência do Japão Nikkei 225 liderando o caminho. O Nikkei subiu 10% na terça-feira, ajudado por algumas compras de pechinchas, já que os investidores se acumularam em ações com grandes descontos, com fundamentos sólidos e que provavelmente se beneficiarão de taxas de juros mais baixas nos próximos meses.

Dito isso, o Nikkei ainda permaneceu em território de mercado em baixa, depois de cair um pouco mais de 12% na sessão anterior, seu pior dia desde o crash da Segunda-feira Negra de 1987.

Ainda assim, uma recuperação nos mercados japoneses ainda está "um pouco distante", com os mercados provavelmente sendo negociados de forma estável no curto prazo antes de ganharem confiança suficiente para uma recuperação, disseram os analistas do Citi em uma nota.

A perspectiva de curto prazo para os mercados japoneses continua sombria, com o Citi prevendo que as negociações sem risco "dominem". O Citi recomendou setores defensivos no curto prazo.

O Citi ainda disse que uma breve recessão nos EUA, garantias de apoio de estímulo para a economia global e um tom menos hawkish do BOJ serão necessários para desencadear uma recuperação nos mercados locais.

ACOMPANHE: Cotações das commodities

4. Petróleo se recupera das baixas

Os preços do petróleo subiram na terça-feira, recuperando-se das mínimas do oitavo mês, já que os investidores aproveitaram os níveis prejudicados para reabastecer os estoques e as tensões no Oriente Médio permanecem.

Às 8h06, os futuros do petróleo dos EUA (WTI) subiram 0,80%, para US$73,52 por barril, enquanto o contrato Brent subiu 0,68%, para US$76,82 por barril.

As preocupações com uma escalada na guerra entre Israel e Hamas, especialmente depois que o Irã prometeu retaliação pelo assassinato de um líder do Hamas em Teerã, forneceram um elemento de apoio aos mercados de petróleo.

No entanto, o sentimento permanece muito frágil em meio a temores de que a desaceleração do crescimento econômico prejudique a demanda, especialmente porque as leituras pouco animadoras do mercado de trabalho dos EUA aumentaram as preocupações sobre uma possível recessão no país.

As fracas leituras do mercado de trabalho dos EUA foram precedidas por leituras desanimadoras da China, especialmente sobre o setor industrial do país, o que aumentou as preocupações sobre a desaceleração da demanda no maior importador de petróleo do mundo.

Mais dados da China serão divulgados no final desta semana, com destaque para os dados comerciais de julho, que fornecerão informações sobre as importações de petróleo do país.

A gigante saudita do setor de energia Aramco (TADAWUL:2222) relatou um declínio de 3,4% em seu lucro líquido do segundo trimestre, na terça-feira, devido aos menores volumes de petróleo bruto.

5. Ata do Copom em foco no Brasil

O Banco Central divulgou nesta terça-feira, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada nos dias 30 e 31 de julho, que definiu, de forma unânime, pela manutenção da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) no patamar de 10,5%, conforme esperado pelo mercado.

De acordo com o documento, dados de atividade econômica e do mercado de trabalho continuam com dinamismo maior do que o esperado. Além disso, o horizonte relevante para a política monetária segue como seis trimestres à frente, correspondendo ao primeiro trimestre de 2026. As projeções de inflação do Copom são de 4,2% para 2024 e 3,6% para 2025.

“Em sua conclusão, o Comitê avalia que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma trajetória de taxa de juros mais elevada. Concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária ainda mais cautelosa e de acompanhamento diligente do desenrolar do cenário”, detalhou a ata.

Às 8h06 (de Brasília), o ETF EWZ (NYSE:EWZ) subia 1% no pré-mercado.

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