Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com - Os futuros das ações dos EUA subiam antes da abertura das bolsas em Nova York nesta quinta-feira, com os investidores avaliando um fluxo de balanços corporativos e novos dados econômicos dos EUA.
A Amazon deve divulgar seus resultados trimestrais hoje, com grande parte do foco nos planos de gastos com inteligência artificial da gigante do comércio eletrônico, após o surgimento, na semana passada, de um modelo de IA de baixo custo da startup chinesa DeepSeek.
Além disso, a Qualcomm (NASDAQ:QCOM) revela uma perspectiva morna para sua divisão de licenciamento de patentes e o CEO da Ford (NYSE:F) alerta sobre as implicações das ações tarifárias do presidente dos EUA, Donald Trump.
No Brasil, Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) divulga balanço com aumento no lucro e anuncia dividendos bilionários.
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1. Os futuros sobem; balanço da Amazon
Os futuros das ações dos EUA subiram nesta quinta-feira, com os investidores avaliando uma série de lucros corporativos e dados econômicos desta semana, bem como o impacto das novas tensões comerciais internacionais.
Às 7h59 (de Brasília), o contrato Dow futuros havia ganhado 0,2%, o S&P 500 futuros subia 0,1%, e o Nasdaq 100 futuros registrava alta de 0,08%.
As principais médias de Wall Street fecharam em alta na quarta-feira, com os investidores de olho nos resultados decepcionantes da Alphabet (NASDAQ:GOOGL), empresa controladora do Google, e nos números econômicos que, segundo os analistas, podem reforçar o argumento de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) deve realizar mais cortes nas taxas de juros este ano.
A atividade do setor de serviços desacelerou inesperadamente em janeiro, uma vez que a diminuição da demanda ajudou a conter os ganhos de preços, de acordo com um relatório do Institute for Supply Management. A perspectiva de uma economia em desaceleração e a queda da inflação aumentaram a possibilidade de o Fed reduzir as taxas de juros de uma faixa de 4,25% a 4,5% nos próximos meses.
Os rendimentos do Tesouro dos EUA, que se movem inversamente aos preços, oscilaram perto de seu nível mais baixo em um mês. Mais dados econômicos devem ser divulgados nesta semana, incluindo a publicação do importantíssimo relatório da folha de pagamento não agrícola na sexta-feira.
A gigante do comércio eletrônico Amazon (NASDAQ:AMZN) deve ser a manchete de uma série de retornos trimestrais na quinta-feira.
Assim como seus pares da Big Tech, espera-se que a empresa enfrente novos questionamentos dos analistas sobre seus planos de gastos com inteligência artificial após a ascensão da DeepSeek à proeminência.
Esta semana, a Alphabet anunciou uma perspectiva de gastos de capital em 2025 que excedeu as estimativas de Wall Street, provocando em parte uma queda no preço das ações da gigante das buscas na quarta-feira. Os executivos da Meta Platforms (NASDAQ:META), proprietária do Facebook, e da Microsoft (NASDAQ:MSFT), titã do software, também defenderam seus próprios gastos maciços com IA, argumentando que eles são necessários para acompanhar a corrida para monetizar a tecnologia.
No entanto, a alegação da DeepSeek de que desenvolveu um modelo de IA igual ao do ChatGPT da OpenAI, embora com chips menos avançados e por uma fração do custo, lançou algumas dúvidas sobre a necessidade da farra de gastos com IA do Vale do Silício.
Enquanto isso, a administração da Amazon também pode ser questionada sobre a decisão de Trump de encerrar a chamada isenção de impostos "de minimis" para pacotes importados que custam menos de US$ 800. Em teoria, o fim dessa brecha deve ser um bom presságio para a Amazon, pois pode atingir os rivais chineses de preço reduzido da empresa, como a Shein e a Temu da PDD.
2. Série de balanços prossegue
Além da Amazon, várias outras grandes empresas devem apresentar seus relatórios na quinta-feira, incluindo a farmacêutica Eli Lilly (NYSE:LLY), o grupo de tabaco Philip Morris (NYSE:PM) e o conglomerado Honeywell (NASDAQ:HON).
Após o fechamento dos mercados na quarta-feira, a Qualcomm divulgou resultados do primeiro trimestre fiscal melhores do que o esperado, graças a uma recuperação alimentada por IA na demanda de smartphones, mas a fabricante de chips sinalizou que sua lucrativa unidade de licenciamento de patentes não terá crescimento de vendas este ano após a expiração de um acordo com a Huawei Technologies. Posteriormente, as ações da Qualcomm caíram nas negociações de horário estendido.
A Arm Holdings (NASDAQ:ARM), projetista de chips, que cobra royalties e taxas de licenciamento relacionadas à sua tecnologia, disse que não atenderia mais ao limite superior de sua orientação anterior de receita para o ano inteiro. Os investidores haviam projetado que a meta seria elevada após a adoção de seus projetos de chips em servidores de IA, informou a Reuters, citando analistas.
A Ford também alertou que registraria perdas de US$ 5,5 bilhões em seus negócios de veículos elétricos e software este ano, enquanto sua previsão de lucro anual ficou aquém da receita de 2024. As ações da montadora afundaram em negociações após o expediente.
O executivo-chefe Jim Farley observou também que as tarifas de 25% do presidente Trump sobre o Canadá e o México, agora adiadas, teriam "um enorme impacto" sobre o setor automotivo, acrescentando que "bilhões de dólares de lucros do setor" seriam eliminados pelas taxas.
3. Banco da Inglaterra decide juros
O Banco da Inglaterra realiza sua reunião de definição de política monetária na quinta-feira. A expectativa do mercado é de um corte as taxas de juros e sinalização de que mais reduções estão por vir, já que a economia do Reino Unido está estagnada.
Os economistas preveem que o BoE reduzirá sua taxa básica de juros em um quarto de ponto percentual, para 4,5% - levando-a ao seu nível mais baixo desde 2023. Ele também atualizará suas previsões de crescimento econômico e inflação.
Desde que o BoE publicou suas últimas projeções em novembro, a economia britânica mostrou sinais de estagnação, enquanto as medidas de inflação monitoradas mais de perto pelos definidores de taxas esfriaram.
Os analistas do Bank of America (NYSE:BAC) concordaram com as previsões de consenso, projetando um voto de 8 a 1 a favor de uma redução pelo Comitê de Política Monetária do BoE.
"A queda mais rápida do que a esperada na inflação de serviços, o fraco crescimento e o afrouxamento do mercado de trabalho corroboram o argumento a favor de um corte", disseram os analistas do BOA, em uma nota datada de 31 de janeiro.
4. Petróleo sobe
Os preços do petróleo subiram na quinta-feira, recuperando-se após a queda da sessão anterior, já que um grande aumento nos estoques de petróleo dos EUA sinalizou uma demanda mais fraca do maior consumidor do mundo.
Às 7h59, os futuros do petróleo bruto dos EUA (WTI) haviam ganhado 0,77%, para US$71,58 por barril, enquanto o contrato Brent havia subido 0,75%, para US$75,17 por barril.
Os preços despencaram cerca de 10% em relação aos máximos de 2025, atingidos pouco antes de o presidente Trump retornar à Casa Branca para seu segundo mandato, com os investidores de olho em uma nova rodada de tarifas comerciais sino-americanas, incluindo impostos sobre produtos energéticos.
5. Lucro do Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco registrou resultado líquido recorrente de R$10,884 bilhões no quarto trimestre de 2024, 15,8% superior ao do mesmo período de 2023. Em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o avanço foi de 2%.
O lucro atingiu R$ 41,4 bilhões em 2024, aumento de 18,2% frente a 2023, com retorno recorrente sobre o patrimônio líquido (ROE) médio anualizado de 22,2%, alta anual de 1,2 ponto percentual. O banco enxerga uma desaceleração no crédito em 2025, de acordo com projeções divulgadas ao mercado.
A instituição financeira anunciou proventos de R$ 15 bilhões adicionais, com base na posição acionária de 17 de fevereiro, sendo ações ações negociadas “ex-direito” a partir do dia 18 de fevereiro. O pagamento ocorre em 07 de março.
O banco informou ainda um novo programa de recompra de até 200 milhões de ações preferenciais de emissão própria até fevereiro de 2026, aumento de capital de R$33 milhões e bonificação de ações com base na posição acionária de 17 de março.
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