Banco do Brasil vê 3º tri ainda "estressado" por agro, mas melhora no 4º com margem financeira
Por Scott Kanowsky e Jessica Bahia Melo
Investing.com - Os índices futuros das ações dos EUA recuavam antes da abertura das bolsas em Nova York nesta terça-feira, com os investidores avaliando o impacto das novas tarifas do governo Trump e aguardando os principais dados de inflação no final desta semana.
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs novas taxas sobre as importações de aço e alumínio como parte de uma tentativa de "tornar a América rica novamente".
O CEO da OpenAI, Sam Altman, teria dito que o fabricante do ChatGPT rejeitará uma oferta de aquisição multibilionária de um consórcio liderado por Elon Musk.
No Brasil, inflação de janeiro em foco.
1. Futuros americanos em baixa
Os futuros de ações dos EUA apontaram para baixo na terça-feira, depois que as ações das principais médias de Wall Street registraram ganhos na sessão anterior.
Às 7h58 (de Brasília), o contrato Dow futuros havia caído 0,2%, o S&P 500 futuros perdia 0,3%, e o Nasdaq 100 futuros recuava 0,5%.
Os principais índices subiram na segunda-feira, impulsionados pelos avanços nas ações das siderúrgicas dos EUA após o anúncio do presidente Trump de que imporia novas tarifas sobre as importações de aço e alumínio. Grupos expostos à inteligência artificial, como a Nvidia (NASDAQ:NVDA) e a Broadcom (NASDAQ:AVGO) também subiram.
"Em vez de assustar completamente os investidores que abandonam as ações, a incerteza comercial parece estar levando o dinheiro de volta para a tecnologia, um setor que tem (relativamente pouca) exposição a tarifas [...] e/ou possui poder de precificação suficiente para repassar os custos adicionais aos clientes", escreveram os analistas da Vital Knowledge em uma nota aos clientes.
Enquanto isso, as ações do McDonald’s (NYSE:MCD) subiram devido às vendas globais comparáveis no quarto trimestre, melhores do que o previsto, embora as vendas nos EUA tenham caído, já que a rede de restaurantes enfrenta as consequências de um surto de E. coli no ano passado, que foi associado a um de seus hambúrgueres.
Os investidores também estão de olho nos próximos dados de inflação dos EUA nesta semana, que podem influenciar a forma como o Federal Reserve aborda os possíveis cortes futuros nas taxas de juros em 2025. O presidente do Fed, Jerome Powell, poderá enfrentar perguntas sobre esse tópico quando testemunhar aos comitês do Congresso na terça e quarta-feira.
Em relação aos lucros, espera-se que a fabricante de bebidas Coca-Cola (NYSE:KO) e o grupo de comércio eletrônico Shopify (NYSE:SHOP) divulguem seus últimos resultados trimestrais na terça-feira.
A empresa biofarmacêutica Gilead Sciences (NASDAQ:GILD) e a empresa de hospitalidade Marriott International (NASDAQ:MAR) também devem divulgar seus relatórios. A temporada de lucros do quarto trimestre já está mais do que na metade, com as empresas do S&P 500 projetadas para apresentar um crescimento de renda de 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, acima das estimativas de menos de 10% no início de 2025.
Após uma série de anúncios cruciais de nomes de tecnologia de megacapacidade na semana passada, os analistas observaram que os próximos ganhos que podem movimentar o mercado podem vir da Nvidia, uma empresa que depende da IA, em 26 de fevereiro. As ações do titã dos semicondutores subiram quase 20% desde que despencaram no início deste mês, na esteira do surgimento de um modelo de IA de código aberto de baixo custo da start-up chinesa DeepSeek.
Em outro lugar, o lucro do quarto trimestre da BP (LON:BP) (NYSE:BP) caiu para US$ 1,17 bilhão, o valor mais baixo para a grande petrolífera em quatro anos, já que as margens fracas prejudicaram seu negócio de refino.
2. Trump impõe tarifas abrangentes de 25% sobre aço e alumínio
Trump assinou duas ordens executivas impondo tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, eliminando as exceções anteriores para aliados como Canadá, México, Coreia do Sul e outros que foram implementadas durante o governo Biden.
Os impostos, bem como as medidas para eliminar centenas de milhares de exclusões tarifárias específicas de produtos, devem se aplicar a milhões de toneladas de importações dos materiais. As medidas entrarão em vigor a partir de 4 de março, segundo a mídia, citando um funcionário da Casa Branca.
Trump também criará novos padrões norte-americanos com o objetivo de reduzir as importações de aço e alumínio minimamente processados da China e da Rússia, que podem contornar certas tarifas. Outros produtos que utilizam metais fabricados no exterior também são cobertos pelas tarifas.
Dizendo que as mudanças se estenderiam a todos os parceiros comerciais dos EUA "sem isenções", Trump chamou a medida de "grande negócio" e parte de um esforço mais amplo para "tornar os Estados Unidos ricos novamente".
Os investidores agora estão avaliando se Trump cumprirá uma ameaça separada de impor tarifas recíprocas na terça ou quarta-feira, com preocupações em torno de um possível aumento nas tensões comerciais internacionais.
3. OpenAI rejeitará a oferta de US$ 97 bilhões de Elon Musk, diz Altman
O CEO da OpenAI, Sam Altman, disse em um memorando interno que o conselho de administração da fabricante do ChatGPT planeja rejeitar uma oferta de aquisição de cerca de US$ 97 bilhões de um consórcio de investidores liderado por Elon Musk, informou o The Information na noite de segunda-feira.
Altman circulou um e-mail afirmando que a diretoria da OpenAI pretende estabelecer que não tem interesse na "suposta oferta" de Musk, disse o relatório do The Information.
O relatório indica que o conselho de 10 pessoas da OpenAI está apoiando Altman em sua luta contra Musk, que há muito tempo tenta impedir que a start-up de IA faça a transição para uma empresa com fins lucrativos.
As ações da Tesla (NASDAQ:TSLA), o grupo de veículos elétricos comandado por Musk, caíram 3% na segunda-feira após os primeiros relatos da mídia sobre a oferta.
4. Ouro atinge novo recorde de alta
Os preços do ouro subiram para novos recordes de alta no comércio asiático na terça-feira, já que as preocupações persistentes sobre o aumento das tarifas comerciais dos EUA alimentaram a demanda por um porto seguro.
O metal amarelo superou amplamente os outros metais, ignorando a força do dólar. O nervosismo geopolítico, que aumentou depois que Trump exigiu que o Hamas devolvesse todos os reféns israelenses até este fim de semana, também apoiou o ouro.
Enquanto isso, os preços do petróleo subiram, somando-se à alta da sessão anterior, devido a temores sobre possíveis interrupções no fornecimento. No entanto, os ganhos foram limitados por preocupações de que a escalada das tarifas comerciais poderia afetar o crescimento econômico global.
5. IPCA no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta nesta terça a inflação oficial de janeiro medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa consensual é de que o indicador tenha subido 0,14%.
Na prévia de meio de mês (IPCA-15), o registro foi de 0,11%, com maior variação e impacto do grupo de alimentação e bebidas, seguido do grupo de transportes, com pressão em passagens aéreas. Por outro lado, o grupo habitação apresentou queda no índice, com o Bônus de Itaipu nas contas de energia elétrica.
Maurício Takahashi, professor de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), campus Alphaville (BVMF:AVLL3), entende que a inflação brasileira nos últimos meses tem como drivers pressão de demanda, desvalorização do real, choque de preços de energia, inflação inercial e pressão externa.
“Do ponto de vista mais estrutural, nós temos uma questão de pressão de demanda, o consumo ainda continua aquecido. Existe uma situação de expansão de gastos do governo”, detalha Takahashi.
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