As surpresas nas leituras de janeiro e de fevereiro do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro demonstram a persistência da inflação no bloco e sugerem um processo mais lento de desaceleração na alta de preços. Para o Goldman Sachs (NYSE:GS), este cenário "reduziu a probabilidade" de o Banco Central Europeu (BCE) cortar juros mais cedo. "Antes, nós esperávamos que uma inflação mais suave mudaria a narrativa dos dirigentes para um corte em abril. Agora, esperamos o primeiro corte em junho", afirmou o banco, em nota.
O Goldman também alterou sua projeção sobre a quantidade de cortes, prevendo cinco reduções em 2024, de seis anteriormente, e duas em 2025, de uma anteriormente. Todos os cortes seriam de 25 pontos-base (pb) neste cenário. "Assim, ainda vemos os juros do BCE alcançando uma taxa terminal de 2,25% no primeiro trimestre de 2025", afirmou o banco.
Nas projeções atualizadas, o Goldman Sachs prevê que o núcleo do CPI da zona do euro terminará 2024 em alta de 2,4%, levemente acima da projeção anterior, de avanço de 2,2%.