Por Zachary Goelman
NOVA YORK (Reuters) - O preço da soja negociada em Chicago despencou para o nível mais baixo em três semanas e o milho caiu acentuadamente nesta terça-feira, depois que um relatório do governo norte-americano apontou que as colheitas não foram prejudicadas tanto quanto alguns traders esperavam pelo clima quente e seco do verão.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) elevou sua perspectiva para a colheita de milho, já que as expectativas de grande área colhida superaram os danos causados pelos períodos prolongados de seca, segundo o relatório Wasde.
Embora o USDA tenha cortado sua previsão para a safra de soja, as previsões não satisfizeram as expectativas dos traders de que colheitas menores poderiam sustentar os preços das safras.
"Claramente, os altistas ficarão desapontados com o fato de a produção de milho e soja não ter caído mais", disse Craig Turner, corretor de commodities da Daniels Trading.
No entanto, a produtividade da soja e do milho está projetada para ser a quinta maior já registrada.
Enquanto isso, os futuros do trigo em Chicago caíram para uma mínima de 33 meses antes do relatório, pressionados pela forte oferta russa.
O contrato de trigo teve uma nova mínima de contrato de 5,70 dólares por bushel no início do pregão -- a menor desde 9 de dezembro de 2020. Mas o trigo se recuperou com o relatório Wasde prevendo estoques mundiais menores do que o esperado, terminando a 5,875 dólares.
Os futuros do milho CZ3 da CBOT fecharam em queda de 9,25 centavos, a 4,765 dólares o bushel. No início da sessão, o contrato de milho mais negociado bateu 4,735 dólares, o nível mais baixo desde 16 de agosto.
Os contratos futuros da soja SX3 para novembro da CBOT encerraram o dia com queda de 22,50 centavos, a 13,465 o bushel. No início da sessão, o contrato mais ativo Sv1 atingiu 13,4075 dólares por bushel, o menor valor desde 23 de agosto.
((Tradução Redação São Paulo 55 11 56447751))
REUTERS RS PVB