As atualizações de ações escolhidas pela IA em junho já estão disponíveis.
Veja novidades em Titãs da Tecnologia, com alta de 28,5% no acumulado do ano.
Ver a lista completa

Ibovespa começa setembro em alta com noticiário externo favorável e PIB acima do esperado

Publicado 01.09.2023, 17:06
Atualizado 01.09.2023, 17:41
© Reuters. Ações em tela na B3 em São Paulo
REUTERS/Amanda Perobelli
VALE3
-
BVSPUSD
-

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) -O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira, liderada pelo avanço de quase 6% da Vale, em meio a noticiário positivo sobre a economia da China e perspectivas de pausa no ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos neste mês, enquanto a economia brasileira cresceu acima do esperado de abril a junho.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,86%, a 117.892,96 pontos, assegurando um ganho de 1,86% na semana -- até a véspera estava praticamente no zero a zero. O volume financeiro na sessão somou 26,6 bilhões de reais.

O avanço no primeiro pregão de setembro vem após o Ibovespa fechar agosto com declínio acumulado de 5%, quebrando uma sequência de quatro meses de alta, em meio à saída de capital externo, com as últimas sessões ainda sendo pressionadas por preocupações com o cenário fiscal do país.

A recuperação na bolsa paulista encontrou suporte principalmente no exterior, com a agenda dos Estados Unidos incluindo dados melhores do que as projeções sobre a criação de empregos nos EUA em agosto, mas aumento na taxa de desemprego e moderação no crescimento dos salários.

Para o diretor de pesquisa e chefe global de soluções na Janus Henderson Investors, Matt Peron, apesar da criação de vagas mais forte do que o esperado, os detalhes por baixo, em especial salários por hora, vieram mais em linha com a tendência de inflação mais suave vista nas últimas semanas.

"Isso provavelmente manterá o Fed em uma postura de espera e apoiará os ativos de risco", afirmou.

A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve está prevista para os próximos dias 19 e 20, quando, além da decisão em si sobre os juros, que será conhecida no segundo dia, serão divulgadas projeções econômicas do banco central norte-americano.

Na China, o Índice de Gerentes de Compra (PMI) para a indústria do Caixin/S&P Global subiu a 51 em agosto, de 49,2 em julho, superando as previsões dos analistas de 49,3. Também foram anunciadas nesta sexta novas medidas de estímulo à segunda maior economia do mundo, que vêm preocupando agentes financeiros.

A sexta-feira ainda contou com a divulgação do PIB brasileiro, que mostrou expansão de 0,9% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, ante expectativa em pesquisa de Reuters de um avanço de 0,3%. Ainda assim, representa desaceleração frente ao primeiro trimestre.

Tal resultado desencadeou revisões para cima nas projeções de economistas de bancos como JPMorgan (NYSE:JPM) e Goldman Sachs (NYSE:GS), enquanto outros adiantaram que devem melhorar suas estimativas de 2023.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o resultado do PIB deve favorecer a arrecadação do governo. Ainda assim, voltou a alertar para a necessidade de uma "convergência fiscal" no Brasil, que possibilite a manutenção de juros mais baixos por mais tempo.

DESTAQUES

- VALE ON (BVMF:VALE3) saltou 5,85%, a 68,89 reais, beneficiada pelo noticiário chinês, assim como alta dos futuros do minério de ferro na China. O JPMorgan também elevou a recomendação dos papéis da companhia para "overweight", com preço-alvo de 79 reais, de 75 reais anteriormente. O BTG Pactual (BVMF:BPAC11) também incluiu a ação na sua carteira recomendada para setembro.

- PETROBRAS PN (BVMF:PETR4) valorizou-se 2,16%, a 32,63 reais, em dia de alta dos preços do petróleo no mercado externo, onde o Brent encerrou com elevação de 1,98%, a 88,55 dólares o barril.

- ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:ITUB4) fechou em alta de 0,86%, a 27,65 reais, e BRADESCO PN (BVMF:BBDC4) subiu 0,27%, a 14,99 reais, acompanhando o viés mais comprador na bolsa, após pressão negativa nos últimos dois pregões com receios dos efeitos de medidas do governo para elevar receitas fiscais. Ainda assim, terminaram o dia distante das máximas do pregão.

- LOJAS RENNER ON (BVMF:LREN3) avançou 4,62%, a 16,77 reais, buscando respaldo no bom humor na bolsa após fechar na véspera em uma mínima em quase quatro meses, tendo acumulado em agosto uma queda de 14,5%. No varejo de vestuário, GRUPO SOMA ON encerrou o pregão com ganho de 2,8%. O índice do setor de consumo na B3 (BVMF:B3SA3) subiu 1,54%.

- MÉLIUZ ON recuou 5,51%, a 6,35 reais, no que deve ter sido o último pregão do papel na carteira do Ibovespa. A última prévia para o índice que irá vigorar a partir de segunda-feira até o fim do ano excluiu os papéis da Méliuz (BVMF:CASH3), enquanto inclui Vamos e PetroReconcavo (BVMF:RECV3), que fecharam o dia no azul.

- IRB (BVMF:IRBR3)(RE) ON encerrou o dia em baixa de 2,44%, a 41,91 reais, mantendo em setembro a correção negativa que marcou os últimos dias de agosto, embora a resseguradora ainda tenha terminando o mês passado com uma valorização de quase 4,5%. Até o último dia 29, a alta acumulada em agosto era de 15,5%.

© Reuters. Ações em tela na B3 em São Paulo
REUTERS/Amanda Perobelli

Para ver as maiores altas do Ibovespa, clique em

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em

(Edição de Patrícia Vilas Boas)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.