Por Bansari Mayur Kamdar
(Reuters) - Os mercados de ações dos Estados Unidos subiam nesta terça-feira, mas ainda com instabilidade, com resultados decepcionantes da Pfizer e declínios em papéis de gigantes de tecnologia se somando ao nervosismo antes da divulgação de dados de inflação nesta semana, que podem desencadear apostas em aumentos mais rápidos das taxas de juros.
Às 13:01 (de Brasília), o índice S&P 500 ganhava 0,15%, a 4.490,58 pontos, enquanto o Dow Jones subia 0,50%, a 35.265,68 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançava 0,5%, a 14.085,89 pontos.
Pfizer Inc (N:PFE) caía 5,3%, após a previsão de vendas anual da farmacêutica para sua vacina e pílulas antivirais contra a Covid-19 ficar aquém das estimativas de Wall Street.
Meta Platforms (NASDAQ:FB), controladora do Facebook, cedia 1,4%. O investidor bilionário Peter Thiel decidiu deixar o conselho da empresa. As ações caíam pela quarta sessão consecutiva, depois que sua previsão sombria eliminou bilhões de dólares em valor de mercado da companhia na semana passada.
Alphabet Inc (O:GOOGL) (dona do Google) e Amazon.com Inc (O:AMZN) --outras empresas com perfil de alto crescimento-- caíam 1% cada, enquanto Bank of America Corp (N:BAC) e JPMorgan Chase & Co (N:JPM) saltavam 2,5%.
"Temos um ambiente de taxas de juros crescentes que não víamos desde 2018, e há muitos investidores em empresas de alto crescimento que continuam vendo fraqueza", disse Dennis Dick, operador da Bright Trading LLC em Las Vegas.
"Você verá o dinheiro girar para vários nomes menores e um mercado mais orientado a valor."
Sete dos onze principais setores do S&P 500 caíam, com o de energia (SPNY) liderando as quedas.
Todos os olhos estão voltados para os dados de preços ao consumidor dos EUA a serem divulgados na quinta-feira, depois que fortes números do mercado de trabalho norte-americano na semana passada colocaram foco extra nos planos do Fed de aumentar as taxas para combater as pressões inflacionárias.
A expectativa é que a inflação ao consumidor tenha batido 7,3% em janeiro na comparação anual, máxima em quatro décadas. O Fed se reúne em março para decidir sobre os juros.