Ministério da Saúde diz que deve comprar vacina da Pfizer após registro na Anvisa

Publicado 17.11.2020, 19:53
Atualizado 17.11.2020, 20:25
© Reuters. Foto de ilustração de vacina da Pfizer

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Saúde informou nesta terça-feira que a compra da vacina contra Covid-19 da farmacêutica Pfizer (NYSE:PFE); (SA:PFIZ34) deve ocorrer à medida que os ensaios clínicos apontarem "total eficácia e segurança" dos insumos e após o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Representantes do ministério receberam nesta terça executivos da Pfizer, em uma das ações do órgão para tentar "garantir, o quanto antes, uma vacina segura, eficaz, em qualidade e quantidade, para a população brasileira", de acordo com nota da pasta.

"O objetivo é conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório. A aquisição dos imunizantes deve ocorrer à medida em que os ensaios clínicos apontarem a total eficácia e segurança dos insumos e o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) for realizado", informou o ministério.

No início da semana passada, após a farmacêutica norte-americana e a empresa alemã BioNTech (NASDAQ:BNTX) terem anunciado que seu imunizante apresentou eficácia de pelo menos 90% em seus testes, o ministério afirmou que todas as vacinas com estudos avançados no mundo estavam sendo analisadas para possível aquisição.

Segundo o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, a empresa está mantendo negociações com o governo brasileiro com vistas a possibilitar a chegada ao país da vacina contra Covid-19 em desenvolvimento pela farmacêutica no primeiro trimestre do ano que vem.

Até o momento, o governo do presidente Jair Bolsonaro vinha apostando principalmente na vacina desenvolvimento pela Universidade de Oxford em parceira com o laboratório AstraZeneca (LON:AZN), (SA:A1ZN34) e já assinou um acordo para compra do imunizante e futura transferência de tecnologia para produção nacional pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

No comunicado desta terça-feira, o ministério disse que estão previstas, ainda nesta semana, reuniões com representantes de outras três empresas farmacêuticas que desenvolvem vacinas em estágio avançado: Janssen, da Johnson & Johnson (NYSE:JNJ); (SA:JNJB34) Instituto Gamaleya (Sputinik V) e Bharat Biotech (Covaxin), da Índia.

"A pasta deve apresentar, em breve, o plano de imunização da população brasileira contra a Covid-19. A previsão é que a primeira remessa de vacinas já esteja disponível no primeiro semestre de 2021 e contemple inicialmente o grupo de risco da doença, que serão definidos pelos aspectos epidemiológicos, de eficácia e de segurança da vacina a ser utilizada", finalizou o ministério no comunicado.

Em julho, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil estava em negociações para comprar outra candidata a vacina contra Covid-19, desenvolvida pelo laboratório norte-americano Moderna . Nesta semana, a empresa anunciou que sua vacina é 94,5% eficaz.

Contudo, a pasta não anunciou por ora qualquer novidade em relação a tratativas para a aquisição imunizante da Moderna (NASDAQ:MRNA).

Além das vacinas tratadas pelo Ministério da Saúde, o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, tem acordo com a chinesa Sinovac (NASDAQ:SVA) para testagem e produção nacional da vacina em desenvolvimento CoronaVac.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.