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Mulheres embasam decisões e assumem cargo de economista-chefe no mercado

Publicado 07.03.2024, 17:03
Atualizado 08.03.2024, 07:03
© Divulgação

Investing.com – Bancos, corretoras e escritórios de investimentos ainda seguem dominados por homens. Ainda que poucas mulheres estejam em cargos de liderança no mercado financeiro, pois o ambiente carece de maior diversidade de gênero, profissionais de instituições financeiras passam a assumir cargos de chefia importantes em equipes econômicas de escritórios. Elas identificam tendências e buscam fundamentar as decisões das suas equipes e dos investidores atrelados a suas operações, além de destrinchar temas de relevância nacional e global por meio de comentários e entrevistas constantes à imprensa – como a face pública dessas companhias.

O Investing.com Brasil publica neste mês uma série de entrevistas com mulheres no cargo de economista-chefe de destaque no ramo, incluindo Camila Abdelmalack, da Veedha Investimentos, Helena Veronese, da B.Side Investimentos, e Rachel de Sá, da Rico. A primeira entrevista pode ser conferida nesta sexta-feira, 08, Dia Internacional da Mulher.

Ser economista-chefe traz desafios do ponto de vista analítico, na opinião de Helena Veronese. “Afinal de contas, não é simples a gente tentar projetar o que que vai acontecer no futuro”. Mas ser economista-chefe mulher é um “desafio em dobro porque a gente precisa driblar também o que ainda existe, essa diferenciação de gênero que ainda permanece no mercado, embora exista cada vez menos, mas infelizmente ela ainda é gigantesca”.

LEIA MAIS: Camila Abdelmalack: “Continuaremos a ver uma tendência de alta da dívida pública”

Os estudos em economia em uma faculdade voltada para o mercado financeiro direcionaram a trajetória de Helena. A economista então passou pela Ágora Corretora, Bradesco BBI, Tendências Consultoria e, na Azimut, conquistou pela primeira vez o cargo de economista-chefe em 2017.

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“Eu tenho um perfil muito analítico e ser economista-chefe no mercado financeiro me permite desenvolver essa característica, então é uma das coisas que eu mais gosto da profissão. Tem uma questão do dinamismo, porque o próprio mercado financeiro é muito dinâmico. Sempre brinco que de tédio a gente não morre, mas ao mesmo tempo que tem esse dinamismo, o dia a dia é muito corrido, tem muita pressão”, pondera Veronese. A economista acredita que, nesta profissão, pode agregar tarefas mais acadêmicas, como a leitura de papers, com a elaboração de estudos e networking com o mercado.

Camila Abdelmalack, da Veedha, conta que desde a adolescência tinha o sonho de trabalhar no mercado financeiro, especialmente com análises ligadas ao cenário macroeconômico. Abdelmalack ingressou no mercado financeiro em 2011 na CM Capital Markets, até traçar o caminho para o cargo de economista-chefe. Em janeiro de 2020, aceitou o convite da Veedha investimentos para entrar como sócia no escritório com o mesmo cargo de liderança.

“Antes eu falava de economista para outros economistas e para o pessoal do mercado financeiro, mas dentro de um escritório de agente autônomos, eu enxerguei que eu poderia criar valor para o cliente pessoa física e para o cliente pessoa jurídica, pois tinha oportunidade de falar sobre economia para quem precisava aprender um pouco mais”.

A trajetória de Rachel de Sá, da Rico, teve passagens por consultoria como a Control Risks, pelo Ministério das Relações Exteriores, Commonwealth e Desenvolvimento do governo do Reino Unido e a XP Investimentos (BVMF:XPBR31). O cargo, segundo ela, é extremamente gratificante porque a economia ocupa um espaço muito grande na vida das pessoas e a oportunidade de trazer insights econômicos de forma simples faz a verdadeira diferença.

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“Como que eu vou tornar isso interessante, relevante e compreensível para uma pessoa na vida real? Então acho que esse é um dos maiores desafios”, elenca Sá. “Eu sinto que eu consigo fazer uma diferença na vida das pessoas trazendo um pouco de clareza sobre o que que está acontecendo no Brasil e no mundo e como isso impacta a vida da pessoa, além de apontar como ela pode tomar decisões melhores e mais embasadas”, completa.

Mudanças no mercado – mas ainda lentas

Levantamento da Fesa Group mostra que apenas 33% dos cargos de alta liderança em bancos e fintechs no Brasil são ocupados por executivas. No entanto, segundo as entrevistadas, a entrada de maior número de profissionais e, principalmente, a conquista de cargos de liderança, vem fomentando uma maior participação delas neste ambiente profissional.

A economista-chefe da B.Side diz ter “uma pontinha de orgulho” em ocupar esse cargo em um mercado tão dominado por homens, e destaca a importância de que mais mulheres possam ter acesso a trajetórias como a dela. Ainda que falte muito para uma maior igualdade, ela acredita que houve melhoras em direção a este caminho.

“Ainda está muito longe de ser perfeito, mas quando eu comecei, a gente via coisas e ouvia coisas que hoje em dia seriam inadmissíveis e inaceitáveis no mercado de trabalho de maneira geral. Infelizmente, ainda hoje a gente vê diferença salarial e um monte de injustiças acontecendo por conta de discriminação de gênero, mas eu acho que a tendência é ir diminuindo cada vez mais”.

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A economista-chefe da Veedha, que recentemente se tornou mãe, reacendeu a paixão pela profissão nos últimos anos e hoje se diz realizada em sua função, apesar dos desafios de ser mulher dentro do mercado financeiro. “Eu enxergo que desde quando eu entrei em 2011, houve uma evolução muito positiva por conta da movimentação das mulheres, que está favorecendo as novas mulheres que estão entrando nesse mercado, descomplicando um pouco esse ambiente, que sempre foi e é dominado pelos homens. Então hoje a gente encontra um ambiente muito mais confortável e com uma conscientização e apoio inclusive dos homens”.

Sá concorda que toda a área da economia e investimentos é dominada por homens, mas concorda que a maior entrada delas nas equipes traz uma sensação maior de bem-estar na rotina. “Isso vem mudando, o que é muito bom. A gente vê cada vez mais mulheres e eu fico muito feliz com isso. Eu sinto que as mulheres se sentem mais confortáveis ouvindo de mulheres, o que acaba sendo completamente compreensível”.

Últimos comentários

Faltou mencionar a Dilma Bolada como presidente do Banco BRICS. Primeira MULHER presidente do Brasil misógino.
Bacana e importante, temos que ter mais mulheres com acesso a economia, investimentos e gerências, pois elas mostram que tem toda capacidade do mundo que Deus deu para elas para que possam trabalhar em cargos importantes que a sociedade vive considerando, mas para mim todo e qualquer tipo de trabalho envolve e é importante para o país e para a economia desde um pedreiro ou faxineira até um empresário ou empresária.
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