👀 Copie as carteiras dos bilionários em um cliqueCopie grátis

NTN-B corrigida pela inflação ganha 8,78% em outubro, maior alta desde 2016

Publicado 17.10.2018, 11:17
© Reuters.  NTN-B do Tesouro corrigida pela inflação ganha 8,78% em outubro, maior alta desde 2016
IBOV
-
NTB051535=STNC
-

Arena do Pavini - As Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), papéis do governo federal que pagam a correção da inflação do IPCA mais juros, estão registrando neste mês forte valorização por conta da queda dos juros. O IMA-B5+, índice da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais que acompanha as variações desses títulos com mais de 5 anos de prazo, apresentou retorno de 8,78% em outubro até o dia 16, o melhor resultado mensal desde março de 2016, quando registrou variação de 8,30%. A alta é maior que a do Índice Bovespa, que acumula 8,03% no mês.

O desempenho reflete a queda dos juros pela melhora de percepção dos investidores quanto ao cenário econômico, sobretudo após o resultado do primeiro turno das eleições, diz a Anbima. Os juros recuaram de 5,95% ao ano mais IPCA em 28 de setembro para 5,31% hoje no caso da NTN-B 2035.

LTN sobe 12,73% em 30 dias

Nos últimos 30 dias, outros papéis tiveram ganhos também expressivos, caso dos títulos prefixados com juros no final, as LTN. Esses títulos com vencimento em 2025 apresentam ganho de 12,73%, conforme dados do site do Tesouro Direto, sistema de venda de papéis federais para o pequeno investidor via internet. Os juros desses papéis recuaram de 12,28% ao ano em 17 de setembro para 10,19% hoje.

Já as NTN-B 2035 sobem 7,48% em 30 dias, enquanto as 2045 tem alta de 11,62%. Os juros desses papéis caíram de 5,93% ao ano mais IPCA em meados de setembro para 5,31% mais IPCA hoje.

Ganho é virtual e antecipa o futuro

O ganho deste mês é um reflexo do ajuste dos preços dos papéis à queda dos juros no mercado. Mas é um ganho virtual, pois vale apenas para quem comprou o papel no começo do mês ou no mês passado e vender o título no mercado neste momento.

Para quem ficar com o papel até o vencimento, o ganho será aquele acertado na aplicação. E, para quem comprar o papel agora, o ganho será o dos juros atuais. A menos que os juros voltem a cair, o que dará novos ganhos para o aplicador.

É o mesmo princípio de quando o juro sobe e quem tem papéis com taxas antigas, mais baixas, sofre perdas que só se materializam se o papel for vendido naquele momento. Se o investidor vende o papel agora após a alta, ele está apenas antecipando o ganho que teria se ficasse com o título até o vencimento pelas condições atuais. E, quanto mais longo o papel, maior é o impacto da queda ou da alta dos juros.

Isso ocorre porque o preço do papel vai no sentido contrário ao dos juros. Se o juro sobe, o preço do papel cai, e vice-versa. O motivo é que o rendimento do papel é a diferença entre o preço que o investidor paga por ele hoje e o preço do resgate, que é fixo. Quanto maior o juro prometido, maior tem de ser essa diferença, ou seja, o desconto à vista, e vice-versa. Assim, quando o juro sobe, o preço do papel tem de cair. E, quando o juro cai, como agora, o preço do papel sobe, pois o rendimento daqui até o vencimento do papel será menor.

Esse ajuste é diário e, no caso atual, terá impacto também nos fundos renda fixa que têm papéis de longo prazo, ou duração longa. É a chamada marcação a mercado feita pelos gestores diariamente, atualizando o valor dos papéis em suas carteiras. O mesmo ocorre no Tesouro Direto. CDBs e outros papéis privados com juros prefixados ou corrigidos pela inflação também têm esse mesmo impacto, mas como pouca gente olha seus valores todos os dias, ninguém percebe.

Por Money Times

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.