Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo subiram cerca de 1% nesta quinta-feira, mantendo-se em máximas de três semanas depois que a Opep+ concordou em apertar a oferta global com um acordo para reduzir as metas de produção em 2 milhões de barris por dia (bpd), a maior redução desde 2020.
O Brent encerrou em 94,42 dólares o barril, um aumento de 1,05 dólar, ou 1,1%. O petróleo WTI, dos EUA, fechou em 88,45 dólares por barril, ganhando 0,69 dólar, ou 0,8%, após fechar em alta de 1,4% na quarta-feira.
O acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, incluindo a Rússia, um grupo conhecido coletivamente como Opep+, vem antes de um embargo da União Europeia ao petróleo russo e apertaria a oferta em um mercado já apertado, aumentando a inflação.
"Acreditamos que o impacto no preço das medidas anunciadas será significativo", disse Jorge Leon, vice-presidente sênior da Rystad Energy. "Em dezembro deste ano, o Brent chegaria a mais de 100 dólares/barril, acima de nossa chamada anterior de 89 dólares."
O ministro da Energia saudita, Abdulaziz bin Salman, disse que o corte real na oferta seria de cerca de 1 milhão a 1,1 milhão de bpd. A participação da Arábia Saudita no corte é de cerca de 0,5 milhão de bpd.
O corte na produção ocorre quando o Federal Reserve dos EUA e outros bancos centrais estão aumentando as taxas de juros para combater a inflação. Os preços mais altos do petróleo provavelmente reduzirão a demanda, o que pode limitar os ganhos de preço, disse John Kilduff, sócio da Again Capital LLC em Nova York.
(Reportagem adicional de Ahmad Ghaddar e Florence Tan em Cingapura)