BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira que usou a expressão "qual o problema" quanto ao aumento da energia elétrica para dizer que a crise hídrica é uma variável que o governo não controla, mas que deve enfrentá-la de frente.
"Não adianta ficar sentado chorando", afirmou ele, ao participar de audiência pública no Senado, sinalizando ver hoje antecipação das eleições e descredenciamento das instituições, inclusive da mídia, defendendo que sua fala foi tirada de contexto.
Segundo Guedes, a bandeira tarifária terá que ser elevada e a União pedirá aos governadores que não aumentem a arrecadação em cima disso.
Na quarta-feira, o ministro relacionou o aumento da energia, que tem pressionado a inflação, à escassez das chuvas.
"Qual que é o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?", disse ele, no lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo na Câmara dos Deputados.
"Ou o problema agora é que tá tendo uma exacerbação porque anteciparam as eleições? Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar, vai ser uma gritaria danada mas vamos chegar lá, vamos ter as eleições, vai acontecer tudo que tem que acontecer", completou.
(Por Marcela Ayres)