Investing.com - Os investidores seguem de olho nos riscos geopolíticos e nos balanços corporativos dos EUA que já começaram a ser divulgados no país.
"Os mercados acionários vão continuar muito sensíveis à macroeconomia, como já foram em boa parte de 2023, mas, e essa é a nossa esperança, achamos que os investidores deveriam se concentrar também nos fundamentos das empresas, especialmente nas projeções de lucros que elas têm no cenário macroeconômico atual, no qual nem todas terão o mesmo desempenho", explicam na Link Securities.
"Nesse sentido, esperamos que a temporada de divulgação de resultados trimestrais, que teve início 'extraoficialmente' em Wall Street na última sexta-feira e que vai começar em breve nas principais praças financeiras europeias, ajude os investidores a separar 'o joio do trigo', escolhendo as ações que melhor se adaptam a um possível cenário de inflação e juros em baixa e de crescimento econômico moderado/limitado", complementam esses analistas.
"O começo da divulgação de resultados dos bancos de investimento americanos não teve grande impacto nas ações: Citigroup +1% com resultados mistos, mas elevando a orientação e otimistas com a redução de custos, JP Morgan (NYSE:JPM) -1% anunciando uma margem de juros para 2024 acima do esperado, Bank of America (NYSE:BAC) -1% com receitas abaixo do previsto por comissões fracas, e Wells Fargo (NYSE:WFC) -3% após sinalizar uma margem de juros para 2024 abaixo do esperado", recordam na Renta 4.
"Os investidores buscam garantir rentabilidades/TIR atraentes diante da expectativa de cortes de juros em 2024 e 2025", destacam no Bankinter (BME:BKT).
Esses especialistas indicam vários fatores-chave a acompanhar:
Expectativas de cortes de juros já que o mercado é muito agressivo.
Evolução da demanda frente a um aumento da oferta no mercado primário.
A geopolítica no mar vermelho e seu impacto nos preços do petróleo e na inflação.