🍎 🍕 Menos maçãs, mais pizza 🤔 Já viu recentemente a carteira de Warren Buffett?Veja mais

Taxas futuras despencam com decisão do Fed e anúncio da Moody's sobre Brasil

Publicado 02.05.2024, 16:53
Atualizado 02.05.2024, 16:55
© Reuters
PINE4
-

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Na volta do feriado do Dia do Trabalho, as taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em forte queda, superior a 25 pontos-base em vencimentos mais longos, com a curva a termo brasileira repercutindo as divulgações da véspera, em especial as mensagens de política monetária do Federal Reserve e a melhora da perspectiva de classificação de risco do Brasil pela Moody’s.

No fim da tarde, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 estava em 10,195%, ante 10,313% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,43%, ante 10,634% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,76%, ante 10,988%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 11,065%, ante 11,299%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 11,51%, ante 11,765%.

Na terça-feira as taxas futuras haviam apresentado forte alta no Brasil, superior a 20 pontos-base em alguns vencimentos, em parte por conta do movimento de proteção de investidores antes da decisão do Fed sobre juros.

Na quarta-feira, com o mercado fechado no Brasil em função do feriado, o Fed manteve as taxas de juros na faixa de 5,25% a 5,50% e sinalizou que ainda está inclinado a eventuais reduções nos custos de empréstimos nos EUA. Ao mesmo tempo, avaliou as recentes leituras de inflação como decepcionantes e sugeriu uma possível estagnação do movimento em direção a mais equilíbrio na economia. Já o chair do Fed, Jerome Powell, descartou novas altas de juros.

De modo geral, as mensagens do Fed e de Powell foram avaliadas positivamente e trouxeram certo alívio para a curva de juros norte-americana, que passou por forte queda na quarta-feira. Como o mercado brasileiro estava fechado, os ajustes de baixa nas taxas dos DIs ficaram para esta quinta.

O movimento foi intensificado por outra notícia da véspera: a agência Moody's reafirmou a classificação de risco de crédito do Brasil em Ba2, mas alterou a perspectiva do país de "estável" para "positiva", citando um PIB mais robusto e um progresso contínuo - embora gradual - em direção à consolidação fiscal.

Neste cenário, as taxas futuras cederam desde o início da sessão desta quinta-feira, com os DIs se ajustando às notícias positivas da véspera.

“Juros futuros de longo prazo caem com melhora da perspectiva da nota do rating (de estável para positiva) e com queda dos juros dos Treasuries”, resumiu o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior, em comentário enviado a clientes.

“(Mas) não devemos ter ilusão que o Brasil conseguirá retornar ao grau de investimento com a atual política fiscal. O que houve é reflexo da política fiscal do passado com crescimento do PIB deste ano na faixa de 2%”, acrescentou.

No caso do diretor executivo do Banco Pine (BVMF:PINE4), Cristiano Oliveira, a expectativa é de melhora na classificação de risco brasileira até o final do próximo ano.

“Nosso call desde o final do ano passado é que as três principais agências de rating vão promover 'upgrade' do crédito soberano do Brasil até o fim de 2025”, afirmou, referindo-se à Moody’s, à S&P e à Fitch.

Em meio à forte influência trazida pelo Fed e pela Moody’s, a curva brasileira deixou em segundo plano as divulgações ocorridas nesta quinta-feira, que chegaram colocar os rendimentos dos Treasuries de dez anos em alta durante boa parte da sessão.

Entre os números do dia destaque para os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA, que ficaram inalterados em 208.000 na última semana, em dado com ajuste sazonal. Economistas consultados pela Reuters previam 212.000 pedidos.

Perto do fechamento a precificação da curva estava em 85% de probabilidade de corte de 25 pontos-base da taxa Selic na próxima semana e 15% para corte de 50 pontos-base. Em comunicações anteriores, antes da piora recente do cenário, o Banco Central havia estabelecido um "forward guidance" de corte de 50 pontos-base no próximo encontro. Atualmente a Selic está em 10,75% ao ano.

Às 16h39, o rendimento do Treasury de dez anos - referência global para decisões de investimento - caía 1 ponto-base, a 4,577%.

Veja como estavam as taxas dos principais contratos de DI no fim da tarde desta quinta-feira:

Mês Ticker Taxa(% Ajuste Variação

a.a.) anterior (p.p.)

(% a.a.)

JAN/25 10,195 10,313 -0,118

JAN/26 10,43 10,634 -0,204

JAN/27 10,76 10,988 -0,228

JAN/28 11,065 11,299 -0,234

JAN/29 11,28 11,522 -0,242

JAN/31 11,51 11,765 -0,255

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.