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O rendimento mensal médio dos trabalhadores brasileiros em 2022 era de R$ 2.851, segundo dados do módulo de trabalho e rendimento do último Censo, divulgado nesta 5ª feira (9.out.2025) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística).
A proporção da população ocupada que ganhava 1 salário mínimo ou menos por mês era de 35,3%. Essa categoria contempla as 4 faixas salariais mais baixas do levantamento.
O recorte que concentrou a maior quantidade de trabalhadores foi o de 1 a 2 salários mínimos mensais: 32,7% dos trabalhadores brasileiros estavam nessa categoria. Só 7,6% registraram rendimentos superiores a 5 salários mínimos.
O módulo leva em conta só os rendimentos dos brasileiros com ocupações remuneradas. Não foram consideradas outras fontes de dinheiro como aposentadorias, pensões, benefícios de programas sociais, aluguéis ou arrendamentos.
NORTE E NORDESTE ABAIXO DA MÉDIA
A região Centro-Oeste registrou o maior rendimento mensal médio, com R$ 3.292. Em seguida, aparecem Sul (R$ 3.190) e Sudeste (R$ 3.154).
Os ganhos mensais dos trabalhadores das regiões Norte e Nordeste ficaram abaixo da média nacional de R$ 2.851. Em 2022, os trabalhadores nortistas ganhavam em média R$ 2.238 por mês, o equivalente a 78,5% do rendimento médio do país. Já nordestinos tinham as piores remunerações: R$ 2.015 mensais ou 70,7% da média do Brasil.
HOMENS GANHAM 24,3% A MAIS
O rendimento médio mensal dos homens em 2022 foi de R$ 3.115, superando em R$ 264 a média nacional. Era 24,3% maior do que o das mulheres (R$ 2.506).
Os trabalhadores do sexo masculino registraram ganhos maiores em todos os níveis de instrução. A maior diferença estava no nível superior completo, onde os homens ganhavam R$ 7.347 e as mulheres, R$ 4.591.
Na análise por cor, os trabalhadores que se identificam como amarelos tiveram rendimento médio de R$ 5.942. O valor é maior do que o dobro da média nacional de R$ 2.851.
Além desta categoria, o único outro grupo que ficou acima da média brasileira foi o dos trabalhadores brancos, com ganhos mensais de R$ 3.659. Em seguida, aparecem os pardos (R$ 2.186), os pretos (R$ 2.061) e os indígenas (R$ 1.683).