UE caminha para acordo tarifário de 15% com os EUA, dizem diplomatas europeus

Publicado 23.07.2025, 14:50
© Reuters. Porto de Hamburgo, Alemanhan17/02/2025. REUTERS/Fabian Bimmer/File photo

Por Philip Blenkinsop

BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia está caminhando para um acordo comercial com os Estados Unidos que resultaria em uma tarifa de 15% sobre os produtos da UE importados para os EUA, evitando uma taxa mais severa de 30% prevista para ser implementada a partir de 1º de agosto, disseram dois diplomatas europeus nesta quarta-feira.

A tarifa, que também poderia se estender aos automóveis, refletiria o acordo que os Estados Unidos firmaram com o Japão.

Autoridades da Comissão Europeia, que negocia acordos comerciais em nome do bloco de 27 países, informaram os enviados da UE sobre a situação das negociações com funcionários norte-americanos. No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, tomará a decisão final sobre o acordo.

De acordo com as linhas gerais do possível acordo, a alíquota de 15% poderia ser aplicada a setores que incluem automóveis e produtos farmacêuticos e não será somada às taxas norte-americanas de longa data, que são, em média, de pouco menos de 5%.

Também pode haver concessões para setores como aeronaves, madeira e alguns medicamentos e produtos agrícolas, que não sofreriam tarifas, disseram os diplomatas.

Washington, no entanto, não parece disposto a reduzir sua atual tarifa de 50% sobre o aço, afirmaram.

A Comissão afirmou mais cedo nesta quarta-feira que seu foco principal é alcançar um resultado negociado para evitar as tarifas de 30%.

Ao mesmo tempo, planeja apresentar contratarifas no valor de 93 bilhões de euros em produtos norte-americanos aos membros da UE para aprovação. Uma votação deve acontecer na quinta-feira, embora nenhuma medida seja imposta até 7 de agosto.

A Alemanha apoiou o fato de a UE estar preparando contramedidas, disse um representante do governo.

Se as tarifas de 30% de Trump forem implementadas, os diplomatas da UE também disseram que há um amplo apoio entre os governos europeus para ativar as chamadas medidas "anticoerção", que permitiriam que o bloco vise os serviços dos EUA e outros setores.

A UE parece estar seguindo os passos do Japão, cujo acordo com os Estados Unidos é o mais significativo que Trump fechou desde que lançou sua ofensiva tarifária em abril.

Uma característica de destaque desse acordo é que a mesma taxa de 15% se aplica aos carros, em comparação com a atual tarifa dos EUA de 27,5%, algo que a UE pode querer para suas próprias exportações de automóveis.

(Reportagem adicional de Josephine Mason)

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