Investing.com - O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto participa de audiência pública sobre autonomia do Banco Central na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Campos Neto deve abordar, além do projeto de lei que trata da autonomia da instituição monetária, sobre a atual política cambial da instituição. Confira a sabatina no vídeo abaixo.
O dólar atingiu a máxima histórica no fechamento nesta segunda-feira (18), subindo 0,3% a R$ 4,2061, em sessão negativa para as divisas emergentes. A moeda americana abriu estável hoje, caindo 0,49% a R$ 4,1972 às 10h15. O Banco Central ofertará nesta terça-feira até 12 mil contratos de swap cambial reverso e até 600 milhões de dólares em moeda à vista. Adicionalmente, a autarquia também ofertará contratos de swap tradicional, para rolagem do vencimento janeiro de 2020, em caso de colocação parcial ou de não colocação de swaps reversos e dólar spot.
A sessão desta terça-feira elucidará os fatores que impulsionam a alta do dólar em relação ao real. Em artigo publicado hoje no Investing.com Brasil, Jason Vieira elenca uma série de fatores, tais como: fluxo sazonal de lucros e dividendos, frustração com a baixa adesão dos investidores estrangeiros ao leilão do excedente da sessão onerosa, o índice DXY se aproximando novamente de 100 pontos - com viés de alta desde março do ano passado, com a dominância do dólar sobre outras moedas -, redução do fluxo comercial por conta da guerra comercial EUA-China - este último causando boa parte da tensão global na divisa. Vieira também ressalta outros fatores internos, bem como atraso nas votações do marco regulatório do saneamento (PEC do Saneamento), a insegurança jurídica com a queda da prisão em segunda instância, os avanços das reformas continuam a não serem suficientes para atrair o investidor global, dado um cenário mundial de ‘distrações’.
Vieira também aborda a atuação do Banco Central, cuja ausência "tem causado parte da instabilidade da moeda".
AO VIVO: Audiência do presidente do BC no Senado; expectativa é fala sobre dólar
*Com Reuters