Investing.com - O Ibovespa fechou o dia com leve alta após um dia com muita volatilidade com o foco totalmente voltado para o desenrolar da eleição dos EUA.
Após disparar 4% no pregão de ontem com as apostas crescentes em uma vitória de Hillary Clinton, o índice abriu o dia com movimento de realização tocando na mínima do dia de 63.381 pontos (-1%) pouco antes das 13h. Após a abertura do mercado dos EUA e com a subida do petróleo, a bolsa subiu mais de 1.000 pontos em 1h30, alcançando depois a máxima aos 64.767 pontos (+1,1%).
Os mercados globais operaram hoje em um movimento misto de consolidação após as fortes altas de ontem e a incerteza com a disputa eleitoral entre Hillary Clinton e Donald Trump. Os índices nos EUA fecharam em alta de 0,4% no Dow 30 e no Nasdaq e com ganhos de 0,3%. A Europa fechou mais cedo em alta com ganhos de 0,5% no FTSE 100, 0,35% no CAC 40 e de 0,24% no DAX.
Os investidores mostraram nos últimos dias sua preferência pela eleição de Hillary Clinton, com a forte pressão negativa sobre os ativos de risco na semana passada e alta dos portos-seguros em meio a informação de que o FBI reabriu investigação sobre a candidata sobre o uso de seu servidor pessoal de e-mails. No mercado, Hillary é tida como a candidata do status quo e que traz menos incertezas à economia do que seu concorrente Donald Trump. O candidato republicano atacou nos últimos meses diversos acordos internacionais de comércio como a Nafta e o TPP, com países do Pacífico, e indicou que aumentaria o protecionismo dos EUA.
Com o fim das investigações sem identificar crimes e as pesquisas em tempo real mostrando a recuperação da vantagem de Hillary, o apetite por riscos voltou ao mercado ontem e seguiu nesta terça-feira.
O clima de ansiedade em relação ao resultado eleitoral, contudo, persiste e uma vitória de Donald Trump jogaria os mercados mundiais em um dia de forte volatilidade. O resultado deverá ser conhecido na madrugada desta quarta-feira.
Destaques do Ibovespa
No Brasil, a volatilidade do petróleo afetou as negociações das ações da Petrobras (SA:PETR4), que oscilaram entre baixa de 2,7% e alta de 1,5%. A commodity flutuou com as pressões de notícias de extração recorde da Opep em meio às negociações de corte de produção e a volatilidade com a eleição norte-americana. A Petrobras fechou com perdas de 1%, aos R$ 17.04.
A Vale (SA:VALE5) novamente se destacou com ganhos de 1,8% nesta terça-feira acompanhando a subida do minério de ferro, que superou os US$ 68/t para a entrega imediata no porto de Qingdao e os futuros avançaram 4,5% na bolsa chinesa, que elevou suas taxas para reduzir a volatilidade. No meio do pregão, foi anunciada a saída do seu diretor de comunicação. A ação da Vale fechou negociada a R$ 22,59. A Bradespar (SA:BRAP4) subiu 3,3.
As siderúrgicas viraram para forte alta, invertendo o terreno negativo das primeiras horas de pregão. CSN (SA:CSNA3) avançou 2,3%, enquanto a Gerdau (SA:GGBR4) ganhou 1,9%, seguida de Usiminas (SA:USIM5) 0,7e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4) fechou estável.
O BB Seguridade (SA:BBSE3), Banco do Brasil (SA:BBAS3) e Bradesco (SA:BBDC4) permaneceram no vermelho nesta terça-feira com, respectivamente, -0,9%, -0,2% e -0,06%. O Itaúsa (SA:ITSA4) subiu 0,5% mesmo após apresentar queda de 36% no lucro, que fechou o período de julho a setembro em R$ 2,13 bilhões. Itaú Unibanco (SA:ITUB4) avançou 0,2%.
A Qualicorp (SA:QUAL3) registrou a segunda queda do dia com recuo de 2,8% revertendo a tendência de alta da abertura. Mais cedo a companhia divulgou lucro de R$ 74,2 milhões, número 16% melhor na comparação anual impulsionado pelo aumento de preços que compensou a queda da base, com o aumento do desemprego e queda de renda diminuindo o número de pessoas associadas a planos de saúde.
A BRF (SA:BRFS3) ganhou 1,8% no pregão desta terça-feira em meio ao anúncio da contratação de bancos para assessorar potenciais investimentos em sua subsidiária Sadia Halal.