Washington, 12 ago (EFE).- O déficit comercial dos Estados Unidos
aumentou 4% em junho, quando ocorreu a primeira alta nas importações
dos últimos 11 meses em um novo sinal de melhorias na economia do
país.
No total, o déficit chegou a US$ 27,008 bilhões, mais que os US$
25,966 bilhões registrados em maio, segundo os números divulgados
hoje pelo Departamento de Comércio americano. A cifra de junho foi
melhor do que os US$ 28,5 bilhões esperados pela maioria dos
analistas.
As importações cresceram 2,3% frente ao mês anterior, até US$
152,8 bilhões, o nível mais alto desde janeiro.
Por sua vez, as exportações registraram seu maior aumento em um
ano no mês de junho, ao subirem 2%, até US$ 125,784 bilhões.
As estatísticas refletem um aumento nas exportações de
automóveis, bens de capital e alimentos, entre outros itens. Os bens
de consumo não registraram mudanças em junho frente a maio, segundo
o Departamento de Comércio.
As importações aumentaram nos mesmos segmentos, mas houve queda
no consumo de bens e de capital.
As exportações de serviços tiveram um aumento maior do que o
esperado, notável principalmente na área privada (serviços para
empresas, profissionais e técnicos, seguros e financeiros), viagens
e transporte.
O crescimento das importações ocorreu devido à alta registrada em
outros serviços privados, mas também em viagens, entre outros
segmentos.
De resto, a alta nos preços do petróleo foi responsável em grande
medida pelo aumento no déficit.
O Departamento de Comércio ressaltou que, excluídos os produtos
derivados do petróleo, o déficit comercial americano foi o mais
baixo desde janeiro de 1999 e 11,7% inferior aos dados de maio.
Embora não tenha alcançado os níveis recorde de 2008, o déficit
de produtos petrolíferos aumentou 29,3% frente aos níveis de maio,
até US$ 17,2 bilhões, o que representa 63,7% do déficit comercial
total.
Por países e regiões, o desequilíbrio comercial com a China, o
segundo maior parceiro comercial dos EUA depois do Canadá, aumentou
para US$ 18,4 bilhões frente aos US$ 17,5 bilhões anotados em maio.
O superávit dos países da União Europeia (UE) em seu comércio de
bens com os EUA subiu 62,8% em junho frente ao mês anterior, para
US$ 4,51 bilhões. No primeiro semestre de 2009, entretanto esse
superávit soma US$ 23,864 bilhões, 102% mais baixo do que no mesmo
período de 2008.
No total, 11,7% do déficit no comércio exterior de bens dos EUA
em junho, que somou US$ 38,399 bilhões nesse mês, se devem às trocas
comerciais com os países da UE.
O superávit dos países da América Latina e do Caribe em seu
comércio de bens com os EUA subiu 13,7% em junho com relação a maio,
para US$ 3,844 bilhões.
Nos seis primeiros meses deste ano, o superávit da região somou
US$ 19,494 bilhões, ou 153% a menos do que no mesmo período de 2008,
quando foi de US$ 49,344 bilhões.
Em junho, 10% do déficit total no comércio americano de bens se
devem às trocas comerciais com a América Latina. EFE