Dólar à vista acompanha exterior e cai ante o real

Publicado 03.06.2024, 17:07
Atualizado 03.06.2024, 17:30
© Reuters. Notas de dólarn08/02/2021. REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a segunda-feira em baixa no Brasil, acompanhando o recuo da moeda norte-americana ante boa parte das divisas no exterior, com o real sendo favorecido ainda, conforme alguns profissionais do mercado, pela forte queda do peso mexicano após vitória da governista Claudia Sheinbaum na disputa eleitoral à Presidência do México.

A moeda norte-americana à vista encerrou o dia cotada a 5,2346 reais na venda, em baixa de 0,31%.

Às 17h17, na B3 (BVMF:B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a 5,2475 reais na venda.

Na sexta-feira a disputa pela formação da taxa Ptax já havia empurrado o dólar no Brasil para acima dos 5,25 reais, o que segundo alguns profissionais deixava uma margem para ajustes nesta segunda-feira.

Ainda assim, o dólar à vista chegou a oscilar em alta no início da sessão, atingindo a cotação máxima de 5,2686 reais (+0,34%) às 9h14.

Somente após a divulgação de números fracos sobre a indústria norte-americana a moeda se firmou em queda no exterior, o que também pesou sobre as cotações no Brasil.

O Índice de Gerentes de Compras do setor de manufatura do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) caiu de 49,2 em abril para 48,7 em maio. Foi o segundo declínio consecutivo e o segundo mês abaixo do nível de 50, que separa o crescimento da contração. Economistas consultados pela Reuters previam uma leitura de 49,6.

Os números deram fôlego à leitura de que o Federal Reserve pode cortar juros em 2024, o que fez as taxas dos Treasuries e as cotações do dólar cederem no exterior. No Brasil, a moeda à vista também renovou mínimas.

“O dólar chegou a trabalhar em alta mais cedo, mas engatou a queda depois dos dados norte-americanos”, comentou Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, acrescentando que a eleição de Sheinbaum na presidência do México era outro fator citado nas mesas para que o real ganhasse força.

“Há uma leitura de que, isoladamente, a eleição é favorável ao real, pelo menos no curto prazo, caso se confirme o risco fiscal com a nova presidente do México”, acrescentou.

A eleição de Sheinbaum e as vitórias do partido governista no Congresso ligaram a luz amarela nos mercados, em meio a preocupações sobre a disposição da nova presidente em promover o equilíbrio orçamentário no México. Com isso, parte dos investidores fugiu do peso mexicano -- que cedia mais de 3% durante a tarde -- e realocou recursos em outras divisas, como o peso chileno e o real.

Outro profissional ouvido durante a tarde pela Reuters confirmou que, no curto prazo, a queda forte do peso mexicano poderia ter algum benefício para o real. Neste cenário, o dólar à vista marcou a cotação mínima de 5,2141 reais (-0,70%) às 15h36, para depois encerrar em patamar um pouco mais alto.

No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em baixa firme ante as divisas fortes e em relação à maioria das demais moedas, com investidores repercutindo os dados do dia e à espera de novos indicadores para o restante da semana, em especial do relatório de empregos payroll dos EUA, na sexta-feira.

Às 17h14, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,45%, a 104,110.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.

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