Investing.com - O dólar apresentou uma leve alta frente às outras moedas importantes após o longo fim de semana de natal nesta terça-feira, mantendo-se próximo do nível mais forte desde dezembro de 2002, com os mercados embarcando na última semana de negociações do ano.
Quase não deve haver movimentação no mercado, já que muitos investidores já fecharam suas posições antes do fim do ano, o que reduz a liquidez no mercado.
O índice dólar americano, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada das seis principais moedas do mundo, registrou alta de 0,1%, a 103,05, às 6h40, mantendo-se ainda muito próximo da máxima de 14 anos de 103,62, registrada na última semana.
Frente ao iene, o dólar avançou 0,15%, a 117,25, comparado com uma máxima de 10 meses e meio de 118,65 registrada na última semana.
O iene reagiu pouco aos dados da inflação japonesa, que viu o núcleo de preços ao consumidor cair pelo nono mês consecutivo em novembro.
Enquanto isso, o euro recuou 0,1% frente ao dólar, marcando 1,0450, ficando um pouco acima da mínima de 13 anos atingida na última semana de 1,0352.
Os investidores ficarão atentos ao Banca Monte dei Paschi di Siena após o Banco Central Europeu afirmar que o banco italiano precisa de € 8,8 bilhões (US$ 9,2 bilhões) para reduzir o déficit, um valor maior do que o de € 5 bilhões estimado pelo banco.
No Reino Unido, a libra esterlina ficou estável perto de 1,2270 em relação ao dólar, frente a uma mínima de sete semanas de 1,2229 tocada no fim da semana passada, em meio a novas dúvidas sobre o processo de retirada da Grã-Bretanha da União Europeia.
O dólar permaneceu com amplo suporte graças às apostas em um maior crescimento dos EUA e um ritmo mais acelerado para os reajustes da taxa de juros sob a administração do presidente eleito, Donald Trump.
Desde as eleições no início de novembro, o índice dólar valorizou-se quase 6%.
O Federal Reserve aumentou as taxas de juros pela primeira vez no ano no início deste mês e projetou três outros aumentos para 2017. Em contrapartida, os bancos centrais da Europa e do Japão continuam empenhados em aplicar políticas econômicas muito permissivas.
Taxas de juros mais altas impulsionam o dólar, já que o tornam mais atraente para investidores que buscam rendimentos seguros.
O Conference Board dos EUA divulgará dados sobre a confiança do consumidor de dezembro, às 13h desta terça-feira, no horário de Brasília, com os players do mercado esperando que o índice avance para 108,5, ante 107,1 no mês anterior.
Se este valor se confirmar, será o maior desde julho de 2007, aumentando ainda mais o otimismo quanto à saúde da economia e dando suporte às expectativas de maiores taxas de juros nos próximos meses.