Por Peter Nurse
Investing.com - O dólar operava em alta nesta terça-feira, devido à incerteza com as “midterms”, eleições de meio de mandato nos EUA que podem mudar o clima político no país.
Às 8h40 de Brasília, o Índice Dólar, que compara a moeda americana a uma cesta de seis divisas, valorizava-se 0,15%, a 110,150, recuperando as perdas da sessão passada.
As atenções dos operadores nesta terça-feira estão voltadas ao início das “midterms” nos EUA. A expectativa é que os Republicanos assumam o controle da Câmara dos Representantes, o que pode gerar obstáculos para a agenda legislativa do presidente Joe Biden.
Há ainda preocupações de que um resultado conclusivo do pleito demore vários dias para ser reconhecido oficialmente, esquentando ainda mais o clima político no país.
Além disso, “o foco direcionado a questões internacionais, como o comércio, diante da divisão entre o Congresso e o presidente Biden, pode acabar beneficiando o dólar em certa medida", disseram os analistas do ING em nota.
“A posição do governo Biden em relação ao comércio com a China não se mostrou tão flexível quanto muitos esperavam em 2020, e o recente aperto das restrições no setor de semicondutores pode abrir caminho para uma trajetória comercial mais estrita em 2024.”
Ainda assim, o resultado pode ser positivo para o dólar, caso isso leve a um estímulo fiscal menor.
O euro recuava 0,2%, a 0,9995, abaixo da paridade com a moeda americana, antes da divulgação dos últimos dados de varejo da zona do euro para setembro.
A expectativa é que as vendas registrem uma queda anual de 1,3%, mas uma melhora de 0,4% no mês, indicando a forte pressão sobre os gastos discricionários na região, haja vista que a inflação segue em níveis recordes.
Já a libra caía 0,4%, a 1,1465 frente ao dólar, devolvendo parte dos ganhos registrados na sessão anterior, enquanto o dólar australiano, mais sensível ao risco, desvalorizava-se 0,5%, a 0,6446, após o sentimento dos consumidores no país atingir a mínima de dois anos, de acordo com dados divulgados mais cedo, devido à alta dos juros e da inflação.
O iene, por sua vez, caía 0,2%, a 146,83 ante o dólar, após dados do Ministério da Fazenda do Japão mostrarem que as reservas internacionais do país caíram ainda mais em outubro, aumentando o declínio recorde do mês passado, diante da tentativa das autoridades locais de dar suporte à instável moeda do país.
Por fim, o iuane recuava 0,4%, a 7,2555 contra o dólar, mesmo com esperanças de que o governo chinês flexibilize a política de Covid zero no futuro próximo.