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Dólar cai abaixo dos R$5,40 após falas de Lula e ministros sobre o fiscal

Publicado 13.06.2024, 17:11
© Reuters. Notas de dólares em banco em Seul, Coreia do Suln02/08/2013nREUTERS/Kim Hong-Ji
USD/BRL
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Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Após quatro sessões, o dólar à vista voltou a encerrar um dia em queda, novamente abaixo do nível psicológico de 5,40 reais, em uma quinta-feira mais favorável aos mercados de câmbio e juros futuros do Brasil após falas de autoridades do governo Lula em defesa do equilíbrio fiscal, enquanto no exterior a moeda norte-americana subia ante boa parte das demais divisas.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,3680 reais na venda, em baixa de 0,66%. Em junho, porém, a moeda acumula elevação de 2,23%.

Às 17h19, na B3 (BVMF:B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,64%, a 5,3775 reais na venda.

No início da sessão o dólar ensaiou novas altas ante o real, com investidores ainda cautelosos quando a situação fiscal, que nos últimos dias foi motivo para queda dos ativos brasileiros. Às 9h19 a moeda norte-americana à vista marcou a cotação máxima de 5,4171 reais (+0,25%).

Depois disso, as cotações se reaproximaram da estabilidade, ainda que no exterior o viés fosse de alta para a moeda norte-americana ante uma cesta de divisas fortes.

O dólar passou a perder força ante o real de forma mais consistente entre o fim da manhã e o início da tarde, em movimento que coincidiu com a virada para o negativo das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros).

Por trás disso estavam declarações consideradas positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros.

Em viagem à Suíça, Lula defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após os ruídos nos últimos dias de que ele estaria enfraquecido no governo.

Segundo Lula, Haddad se esforçou para encontrar uma alternativa de compensação para a desoneração de 17 setores da economia e municípios de pequeno porte -- a MP do PIS/Cofins, devolvida ao Executivo pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"Agora você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração -- que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época", lembrou Lula. "Então agora a bola não está mais na mão do Haddad; a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários.”

Por sua vez, Haddad afirmou no Brasil que o ministério vai auxiliar o Senado na análise de medidas para compensar a desoneração da folha, mencionando que propostas serão discutidas na próxima semana. "Todas as propostas dos senadores serão processadas por nós para encaminharmos a análise de impacto de cada uma delas", disse.

Haddad também afirmou que a equipe econômica intensificou o trabalho relacionado à revisão de gastos públicos com foco no fechamento do Orçamento de 2025.

Para completar, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a alta recente do dólar é "momentânea" e que o governo tem confiança de que as cotações irão cair. “Nós temos absoluta confiança que o dólar vai cair, isso é uma coisa momentânea”, disse.

Alckmin pontuou ainda que o governo tem compromisso com o equilíbrio fiscal e o controle da inflação.

As falas de Lula, Haddad e Alckmin ocorreram entre o fim da manhã e o início da tarde, quando o dólar passou a registrar perdas mais consistentes.

Neste cenário, às 15h12 o dólar à vista atingiu a cotação mínima de 5,3628 reais (-0,76%).

© Reuters. Notas de dólares em banco em Seul, Coreia do Sul
02/08/2013
REUTERS/Kim Hong-Ji

Já no exterior, o dólar seguiu em alta ante as divisas fortes e ante boa parte das demais moedas. O real, juntamente com o peso mexicano e a lira turca, era uma das poucas moedas a ganhar força ante o dólar.

Às 17h15, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- subia 0,47%, a 105,180.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de agosto.

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