O dólar opera em baixa leve no mercado à vista nesta quarta-feira, acompanhando a queda no exterior frente divisas principais (DXY) e algumas emergentes ligadas a commodities, como peso mexicano e peso chileno. Os investidores digerem o IPCA-15 de abril, que subiu 0,57% em abril, de 0,69% em março, abaixo da mediana das estimativas (0,61%), mas mostrando uma abertura mais negativa.
Segundo o BV, a média dos núcleos avançou a 0,44%, de 0,42% em março. Já a difusão do índice atingiu 63,22% em abril, após 61,31% em março.
"A abertura mostrou ligeira piora", diz a estrategista de inflação da Warren Rena, Andréa Angelo.
Com o resultado anunciado hoje, o IPCA-15 registrou um aumento de 2,59% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,16%, ante taxa de 5,36% até março. As projeções nesse caso iam de avanço de 4,08% a 4,29%, com mediana de 4,20%.
Mais cedo, o Banco Central informou os dados do setor de crédito. As concessões dos bancos no crédito livre subiram 22,8% em março ante fevereiro, para R$ 470,9 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses até março, o aumento foi de 14,2%. Estes dados não levam em conta ajustes sazonais. A taxa de inadimplência nas operações de crédito livre com os bancos subiu de 4,5% em fevereiro para 4,6% em março, atingindo o maior nível desde maio de 2018, quando também era de 4,6%. E em meio a discussões levantadas pelo governo de um teto de juros para o rotativo do cartão de crédito, o juro médio total cobrado pelos bancos na modalidade atingiu o maior valor desde março de 2017 (490,3%). A taxa subiu 13,1 pontos porcentuais de fevereiro para março, de 417,4% para 430,5%, informou o Banco Central. Em 12 meses, o aumento é de 71,4 pontos porcentuais.
No radar lá fora, o Banco Central da Suécia elevou sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, a 3,50%, nesta quarta-feira, como era esperado, e sinalizou um aumento adicional menor mais adiante, enquanto segue combatendo a inflação alta.
"A inflação ainda está muito alta e a inflação subjacente foi bem maior do que o esperado nos primeiros meses do ano", avaliou o Riksbank, acrescentando que, com a atual política monetária, a inflação na Suécia deverá se estabilizar perto de 2% ao longo de 2024.
Em Nova York, os índices futuros as bolsas se recuperam das perdas de ontem, puxadas por ações de tecnologia, com destaque para Microsoft (NASDAQ:MSFT) após balanço do primeiro trimestre acima do esperado. As ações do First Republic Bank voltam a cair no pré-mercado, revertendo alta de mais cedo e estendendo perdas de ontem, quando os papéis despencaram quase 50%, seguindo publicação de balanço. Mais cedo, o Credit Suisse (SIX:CSGN) cortou drasticamente o preço-alvo da ação do banco americano, de US$ 130 para US$ 11.
Há pouco, as encomendas de bens duráveis nos EUA sobem 3,2% em março ante fevereiro, bem acima da previsão (+0,5%). Já o dado de encomendas de bens duráveis de fev/jan é revisado de -1,0% a -1,2%.
Às 9h34, o dólar à vista caía 0,17%, a R$ 5,0564. O dólar maio cedia 0,15%, a R$ 5,0580.