Investing.com - O dólar perdeu força novamente no início da sessão desta terça-feira, 21, atingindo o menor patamar em mais de dois meses, à espera da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve.
Às 8h50, o Índice Dólar, que compara a moeda americana a uma cesta de outras seis importantes divisas, recuava 0,07%, a 103,36, voltando aos níveis de fim de agosto.
Dólar se enfraquece antes da ata do Fed
O Índice Dólar acumula queda em sete das últimas oito sessões, diante de uma sequência de indicadores negativos do mercado de trabalho e da inflação, que alimentaram as expectativas de que o Federal Reserve encerrou seu ciclo de aperto monetário e que o próximo movimento será de corte de juros.
Os operadores do mercado já incorporaram uma probabilidade de 30% de que o Fed possa iniciar um ciclo de afrouxamento monetário já em março de 2024.
A ata da reunião de outubro do Fed será divulgada mais tarde na sessão. Nessa reunião, os dirigentes do banco central americano optaram por manter a taxa de juros inalterada e poderão dar mais sinais sobre a orientação futura da política monetária.
“O mercado parece estar à procura de alguns sinais de maior flexibilidade por parte do Fed aqui, e isso pode representar um risco baixista para o dólar”, afirmaram analistas do ING, em nota.
Euro e libra esterlina avançam para máximas de 2 meses
Na Europa, euro avançava 0,2%, para 1,0955, frente ao dólar, atingindo o maior nível desde meados de agosto, apesar da fraca atividade econômica na zona do euro.
Os dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) têm tentado afastar as especulações de que cortes de juros estão no horizonte, mesmo com a inflação em forte queda na região.
O presidente do Banco da Espanha, Pablo Hernandez de Cos, disse na segunda-feira que era “prematuro” discutir a possibilidade de redução das taxas de juros, enquanto seu homólogo francês, Francois Villeroy de Galhau, afirmou que as taxas alcançaram um nível que provavelmente se manterá nos próximos trimestres.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, fará um pronunciamento mais tarde na sessão, e seus comentários serão minuciosamente examinados em busca de pistas sobre a política monetária futura.
A libra esterlina subia 0,2% para 1,2532, aproximando-se de uma máxima de dois meses, com a inflação do Reino Unido mantendo-se entre as mais elevadas do mundo desenvolvido, mesmo após ter registrado a maior queda mensal na taxa anual de IPC desde abril de 1992 em outubro.
O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse anteriormente que o banco central britânico tinha que “terminar o trabalho” de reduzir a inflação.
Bailey está entre vários membros do BOE que falarão mais tarde na sessão.
Moedas asiáticas registram fortes ganhos
Na Ásia, dólar recuava 0,5% contra o iuane, para 7,1335, com a moeda chinesa atingindo a máxima de quase quatro meses, depois que o banco central do país fixou o ponto médio da faixa de negociação da divisa no seu mais forte desde 7 de agosto.
Já o iene avançava 0,6%, para 147,47, com a moeda japonesa no seu nível mais forte em três meses frente ao dólar, diminuindo as chances de que as autoridades japonesas precisem intervir no mercado cambial.