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Investing.com – O dólar estende as perdas nesta segunda-feira, após o relatório de emprego dos EUA, divulgado na sexta-feira, reforçar as apostas de cortes nas taxas de juros por parte do Federal Reserve.
Às 8h10 de Brasília, o índice do dólar, que mede o desempenho da divisa frente a uma cesta de seis moedas principais, recuava 0,40%, a 98,517, após queda superior a 1% na sexta-feira.
Dados de emprego frustram e pressionam juros
As folhas de pagamento não agrícolas cresceram apenas 73 mil vagas em julho, resultado muito abaixo das estimativas do mercado. Os números de maio e junho também foram revisados para baixo de forma expressiva.
A taxa de desemprego subiu para 4,2%, sinalizando um desaquecimento no mercado de trabalho americano. Com isso, aumentou a percepção de que o Fed pode cortar os juros já em setembro, cenário que os mercados agora atribuem cerca de 90% de probabilidade.
O movimento pressionou os rendimentos dos títulos públicos, com a taxa do Treasury de dois anos caindo para a mínima de três meses, a 3,6590%, enquanto o papel de dez anos girava próximo de 4,2493%, seu menor patamar em um mês.
Em resposta aos dados, o presidente Donald Trump demitiu a comissária do Bureau of Labor Statistics, Erika McEntarfer, acusando-a, sem apresentar provas, de manipulação nos números de emprego.
“A incerteza sobre a qualidade dos dados econômicos dos EUA é negativa para os ativos americanos e pode elevar o prêmio de risco do dólar e dos Treasuries”, afirmaram analistas do ING. Eles também destacaram que esta semana haverá leilões de US$ 125 bilhões em títulos de três, dez e trinta anos.
Outro fator de pressão veio com a renúncia inesperada da governadora do Fed, Adriana Kugler. A saída abre espaço para Trump indicar um nome mais inclinado ao afrouxamento monetário, o que pode aumentar a pressão sobre o presidente do Fed, Jerome Powell.
“Uma substituição precoce para Kugler traria mais um voto dissidente contra a manutenção dos juros, aumentando a pressão interna sobre Powell”, concluiu o ING.
Euro volta a perder força, mas perspectiva segue positiva
Na zona do euro, o EUR/USD recuava 0,2%, a 1,1563, após forte valorização na sexta-feira.
Segundo o ING, o euro deve encontrar suporte na faixa de 1,1500 a 1,1520. “A mínima recente próxima de 1,1400 atrai compradores. Um movimento até 1,1700 parece plausível nas próximas duas semanas”, avaliaram os analistas.
Na Espanha, o número de desempregados caiu 0,1% em julho, totalizando 2,40 milhões, o menor patamar desde junho de 2008, conforme dados do Ministério do Trabalho.
Entre outras moedas europeias, o GBP/USD cedia 0,1%, para 1,3274. Já o USD/CHF subia 0,6%, para 0,8085, com o franco suíço sob pressão após o país ser alvo de uma das tarifas mais agressivas impostas por Trump em sua reformulação comercial.
“Se essas tarifas forem mantidas, a Suíça enfrentará pressões desinflacionárias adicionais, mantendo o índice de preços ao consumidor próximo de zero no acumulado de 12 meses”, avaliou o ING.
Iene perde terreno; negociações com china impulsionam iuane e dólar australiano
O USD/JPY subia 0,3%, a 147,94, com o iene devolvendo parte dos ganhos recentes. A moeda japonesa havia se valorizado fortemente na última semana, amparada pela busca por segurança após o relatório de emprego dos EUA.
O AUD/USD avançava 0,1%, a 0,6482, enquanto o USD/CNY recuava 0,5%, para 7,1763, após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarar que Washington tem fundamentos sólidos para um acordo com Pequim e que está “otimista” com o andamento das conversas.