O dólar operou nesta quarta-feira, 18, sem sinal único, em dia de grande oscilação para parte importante das moedas. As sinalizações de uma possível vacina contra a covid-19 deram impulso a ativos de risco, com a expectativa por uma retomada econômica. No entanto, o panorama de curto prazo é menos positivo, e a realidade segue apresentando aumento no número de casos e mortes, assim como nas restrições para tentar conter a pandemia.
O índice DXY, que mede o dólar frente seis moedas de economias desenvolvidas, fechou em baixa de 0,10%, a 92,316 pontos, com destaque para a valorização do iene. No fim da tarde em Nova York, o dólar era cotado a 103,87 ienes. "O aumento implacável das infecções por covid-19 pode ser um sinal de que ativos de risco estão patinando no gelo fino" avalia a Western Union.
A moeda americana se desvalorizou após a Pfizer (NYSE:PFE); (SA:PFIZ34) anunciar que sua vacina experimental contra a covid-19, desenvolvida em parceria com a BioNTech (F:22UAy), apresentou eficácia de 95% nos testes finais. Na semana passada, a Pfizer já havia informado uma eficácia de 90% do imunizante em resultados preliminares. Além disso, hoje foi divulgado que as empresas pedirão autorização para uso da vacina nos EUA de forma emergencial.
A covid-19 segue avançando, e hoje nos EUA, Nova York optou pelo fechamento de escolas para tentar evitar a transmissão. "O ressurgimento é especialmente pronunciado em partes dos Estados Unidos, onde a fadiga da pandemia se tornou um desafio formidável para os governos", avalia a IHS Markit, que conclui sobre as vacinas: "Os resultados de ensaios bem-sucedidos para vacinas de RNA são encorajadores, mas a ampla distribuição de vacinas é improvável antes de meados de 2021".
O euro chegou ao seu maior valor em nove dias, segundo a Western Union, mas ao longo da sessão se desvalorizou. O euro está "perigosamente" situado perto do topo de sua faixa e não muito longe das máximas do ano, o que pode levar a uma ação "agressiva" do Banco Central Europeu (BCE), limitando as altas da moeda comum, aponta a empresa financeira. No fim da tarde, o euro era cotado a US$ 1,1857.
A libra, por sua vez, se valorizou frente ao dólar, enquanto observa os andamentos nas negociações pelo Brexit. No mesmo horário, a moeda britânica era cotada a US$ 1,3271.
No mercados emergentes, a Capital Economics avalia que algumas moedas asiáticas não estão supervalorizadas, como é o caso do yuan. A consultoria aponta para uma alta na taxa de juros amanhã pelo Banco Central da Turquia, decisão que é aguardada com ansiedade pelo mercado. Com a expectativa, a lira chegou a se valorizar frente ao dólar, mas terminou o dia se enfraquecendo. No fim da tarde, o dólar era cotado a 7,714 liras.