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Dólar recua frente ao real após inflação dentro do esperado nos EUA e IPCA-15 mais fraco

Publicado 26.01.2024, 09:06
© Reuters. REUTERS/Sertac Kayar
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar caía frente ao real nesta sexta-feira, com investidores digerindo dados de inflação norte-americanos em linha com as expectativas e um IPCA-15 de janeiro mais fraco do que o esperado.

Às 11:08 (horário de Brasília), o dólar à vista recuava 0,31%, a 4,9075 reais na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), às 11:08 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,2%, a 4,9105 reais.

O índice de preços PCE, acompanhado de perto pelo Federal Reserve, subiu 0,2% no mês passado e nos 12 meses até dezembro avançou 2,6%, repetindo o resultado de novembro.

Economistas consultados pela Reuters previam altas de 0,2% no mês e de 2,6% na base anual.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice PCE subiu 0,2% no mês passado, depois de avançar 0,1% em novembro. O chamado núcleo do PCE desacelerou a alta para 2,9% na base anual, o menor ganho desde março de 2021, após avanço de 3,2% em novembro.

Os dados desta sexta também mostraram que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,7% no mês passado, depois de terem subido 0,4% em novembro.

"Gasto pessoal acima do esperado, em linha com (a alta do) PIB, e a contraparte, que é a inflação, veio literalmente dentro do esperado, e no ano (o núcleo) caiu para 2,9%; eu tenho viés de que o mercado deve performar bem, juros americanos para baixo, dólar globalmente para baixo e bolsas para cima", disse Roberto Motta, da Genial Investimentos.

De fato, após uma breve reação negativa dos ativos globais, logo os rendimentos dos Treasuries passaram a cair na esteira do PCE, enquanto o índice do dólar frente a uma cesta de pares fortes recuava 0,30%. Os futuros dos principais índices de Wall Street, por sua vez, devolveram perdas iniciais e se aproximavam da estabilidade no dia.

Uma inflação em linha com as expectativas nos Estados Unidos pode servir como argumento para o Federal Reserve começar a cortar os juros em breve, embora o mercado ainda não tenha voltado a impulsionar as apostas num início em março, como aconteceu no final do ano passado.

Operadores veem a probabilidade de um primeiro corte da taxa básica do Fed em março em pouco menos de 50%, e de um primeiro corte em maio em cerca de 90%.

Enquanto isso, no Brasil, o IBGE informou mais cedo que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve em janeiro alta de 0,31%, depois de ter subido 0,40% em dezembro. A leitura mensal do indicador considerado prévia da inflação oficial ficou bem aquém da expectativa em pesquisa da Reuters de uma aceleração da alta a 0,47%.

"Óbvio que (a leitura) mostra algum controle maior (da inflação), um efeito da taxa de juros, mas, quando a gente olha para a difusão, a quantidade de itens subindo ao mesmo tempo é um ponto para sempre ficar atento", disse Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

© Reuters. REUTERS/Sertac Kayar

"Em resumo, eu entendo que não traz grandes novidades em termos de efeito no Copom da semana que vem; o Copom já está bem decidido em 50 (pontos-base) e vai ter muito mais influência do exterior do que desse IPCA", completou Cruz.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nos dias 30 e 31 de janeiro para definir o novo patamar da taxa Selic, com ampla expectativa de manutenção do ritmo de cortes de meio ponto percentual, a 11,25%.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9228 reais na venda, em baixa de 0,19%.

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