Junte-se a +750 mil investidores que copiaram as ações das carteiras dos bilionáriosAssine grátis

Dólar sobe 1,5% e encosta em R$3,35, máxima em 12 anos, por preocupação fiscal

Publicado 24.07.2015, 19:11
© Reuters. Notas de dólar norte-americano
BPFF11
-

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu pela terceira sessão seguida, encostou em 3,35 reais e fechou no maior nível em mais de 12 anos, ainda refletindo preocupações com os riscos ao grau de investimento brasileiro após os cortes nas metas fiscais do governo.

O dólar avançou 1,55 por cento, a 3,3470 reais na venda, maior patamar de fechamento desde 31 de março de 2003, quando ficou em 3,355 reais. Na máxima do dia, a divisa chegou a 3,3578 reais.

Nas últimas três sessões, incluindo esta, a moeda norte-americana acumulou avanço de 5,48 por cento e, na semana, avançou 4,79 por cento.

"A decepção do mercado é palpável. A sensação é de que o governo está fazendo menos esforço do que devia", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

O governo reduziu a meta de superávit primário deste ano a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), contra 1,1 por cento do PIB previsto até então. Além disso, abriu a possibilidade de abater até 26,4 bilhões de reais que, no limite, pode até gerar novo déficit primário.

As metas para 2016 e 2017, por sua vez, caíram para o equivalente a 0,7 e 1,3 por cento do PIB, respectivamente. O objetivo anterior para cada um desses anos era de 2 por cento do PIB, percentual que agora só deverá ser alcançado em 2018.

"A drástica redução da meta para 2015, assim como o ajuste extremamente gradual esperado para os próximos anos, sublinha o esperado rebaixamento pela Moody's e pode também desencadear revisões por outras agências e a perda do grau de investimento", escreveram analistas do banco Brasil Plural (SA:BPFF11) em nota a clientes.

Em entrevista à Reuters nesta sexta-feira, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que as novas metas de primário são mais realistas e suficientes para estabilizar a dívida pública do país.

Nesse quadro, investidores aguardavam também novas pistas sobre como o Banco Central se posicionará em relação a suas intervenções no câmbio, levando em conta que o fortalecimento do dólar tende a aumentar a inflação já elevada.

© Reuters. Notas de dólar norte-americano

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Com isso, já rolou o equivalente a 5,098 bilhões de dólares, ou cerca de 48 por cento do lote que vence no início de agosto, que corresponde a 10,675 bilhões de dólares.

Operadores esperavam com ansiedade o anúncio da rolagem dos contratos que vencem em setembro e correspondem a 10,027 bilhões de dólares. Se o BC sinalizar que deve continuar rolando cerca de 70 por cento dos contratos, como fez no mês passado, a tendência é que o dólar não volte a patamares mais baixos.

"Seria um sinal de que o BC está confortável com o dólar nesses níveis", explicou o operador de um importante banco internacional. 2015-07-24T221128Z_1006880001_LYNXNPEB6N142_RTROPTP_1_NEGOCIOS-DOLAR-FECHA-FINAL.JPG

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.