BHIA3: Otimismo e risco no gráfico com alta de 11% das Casas Bahia
Por Fabricio de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ganhava força nesta sexta-feira pós-feriado no Brasil e se aproximou dos R$5,40, em meio aos ajustes do mercado às notícias da véspera, quando os Estados Unidos divulgaram novos dados sobre o mercado de trabalho.
Às 12h09, o dólar à vista subia 1,14%, aos R$5,3988 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro para dezembro -- atualmente o mais líquido no Brasil -- avançava 1,28%, aos R$5,4075.
A alta firme do dólar ante o real nesta sexta-feira está em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de emergentes no exterior, como o peso colombiano, o peso chileno, a rupia indiana e o peso mexicano.
Mas no Brasil as cotações também se ajustam às notícias da véspera, quando o mercado brasileiro se manteve fechado em função do feriado do Dia da Consciência Negra.
Na quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que a economia norte-americana gerou 119.000 postos de trabalho em setembro, conforme o relatório payroll, ante projeção de 50.000 vagas de economistas ouvidos pela Reuters. Apesar disso, a taxa de desemprego subiu para 4,4%, ante projeção de 4,3%.
Apesar dos dados mistos do mercado de trabalho, prevaleceu na quinta-feira nos mercados de moedas a visão de que há mais chances de o Federal Reserve manter a taxa de juros na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, interrompendo o ciclo de cortes. Com isso, o dólar avançou na quinta-feira ante outras divisas.
"Hoje (sexta-feira) temos no Brasil um ajuste em relação a ontem. O payroll deu um nó na cabeça do investidor, que não sabe se de fato o Fed vai cortar os juros", comentou o diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik. "Como o mercado brasileiro estava fechando, hoje estamos corrigindo."
O avanço do dólar ante o real ocorre a despeito de, na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, ter assinado decreto removendo a tarifa de 40% sobre produtos brasileiros como carne bovina, café e suco de laranja, entre outros. A medida abre espaço para a recuperação das exportações do Brasil para os Estados Unidos, com potencial impacto no fluxo e nas cotações do dólar.
No fim da manhã, o Banco Central vendeu 50.000 contratos de swap cambial para rolagem do vencimento de 1º de dezembro.
