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SÃO PAULO (Reuters) -O dólar ganhou força ante o real nesta manhã de sexta-feira e superou os R$5,40, com os agentes reagindo mal ao noticiário que trata do Orçamento do governo para 2026, em meio aos temores de que despesas sejam previstas sem a devida cobertura das receitas.
Às 12h08, o dólar à vista subia 1,63%, aos R$5,4628 na venda.
Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,18%, a R$5,4700.
Os receios com a área fiscal, que desde a semana passada voltaram a influenciar mais diretamente a alta do dólar e o avanço das taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros), voltaram a impactar os ativos nesta manhã.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo indicou que o pacote de medidas para 2026 poderia somar R$100 bilhões, sem que as receitas estejam garantidas. Na conta entram medidas como a ampliação da isenção do Imposto de Renda, a distribuição de gás de cozinha, a isenção nas contas de energia para uma parcela das famílias e o pagamento de bolsas para estudantes -- todos programas já anunciados anteriormente pelo governo.
Ainda que não haja novas medidas, os agentes demonstravam preocupação nesta manhã de sexta-feira que o ano de 2026 seja, de fato, marcado por ações para impulsionar a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com impacto negativo para as contas públicas.
Neste cenário, às 10h58 o dólar à vista marcou a cotação máxima de R$5,4918 (+2,17%).
No exterior, o dólar registrava perdas ante a maior parte das demais divisas, incluindo o iene e o euro, moedas que nos últimos dias foram pressionadas pelas turbulências políticas no Japão e na França.
Às 12h07 o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,36%, a 99,031.
(Edição de Isabel Versiani e Camila Moreira)