Dólar tem maior alta em 2 meses e fecha na máxima em 3 semanas com exterior e ajustes

Publicado 09.01.2020, 18:00
Dólar tem maior alta em 2 meses e fecha na máxima em 3 semanas com exterior e ajustes

Por José de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou esta quinta-feira com a maior alta em dois meses frente ao real, para o patamar mais alto em três semanas, puxado por mais um dia de força da moeda norte-americana em todo o mundo, movimento que tem marcado este começo de 2020.

O aumento das tensões entre Estados Unidos e Irã deu o argumento para investidores retomarem compras defensivas de dólares, depois de a moeda ter recuado em dezembro. Segundo Bruno Marques, gestor dos fundos multimercados da XP Asset, o real pode estar "levemente pior" que alguns pares emergentes, mas de maneira geral tem acompanhado seus rivais.

"Estamos inclusive com uma posição pequena e tática comprada em real. Ainda estamos nos adaptando a esse ambiente de juro baixo... e boa parte do movimento de troca de dívida do ano passado parece que ficou para trás", disse, referindo-se ao movimento de antecipação de pagamentos de dívida externa por empresas brasileiras, que implicou saída de dólares no ano passado.

O Brasil perdeu mais de 44,7 bilhões de dólares no ano passado, pelos números do fluxo cambial, pior dado anual da série histórica do Banco Central.

Nesta quinta, o real sofreu pressão adicional de dados mais fracos da produção industrial, que se somam a recentes números apontando perda de vigor nos setores manufatureiro e de serviços no país no fim do ano passado.

No mercado à vista, o dólar encerrou em alta de 0,85%, a 4,0864 reais na venda. É a maior valorização percentual diária desde 8 de novembro de 2019 (+1,83%). O nível de fechamento é o mais alto desde o último dia 20 de dezembro (4,0949 reais na venda).

Na B3, em que as operações com dólar futuro terminam às 18h15, o dólar tinha alta de 0,60%, a 4,0945 reais.

O dólar subiu mais no mercado à vista em comparação ao futuro devido a um ajuste, já que, na véspera, os contratos futuros ganharam fôlego depois de novas notícias sobre a crise EUA-Irã, enquanto as negociações no segmento à vista já estavam encerradas.

O dólar à vista fechou a quarta-feira em queda de 0,31%. No mesmo horário, às 17h, o dólar futuro estava em baixa de 0,41%. Mas por volta de 17h45 notícias de que explosões e sirenes haviam sido ouvidas em Badgá, capital do Iraque, voltaram a deixar investidores nervosos. Às 18h15, no encerramento dos negócios no mercado futuro da B3, o dólar já havia zerado quase toda a queda, com variação negativa de 0,09%.

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