Dólar vai à casa de R$5,15 com alívio em tensão geopolítica e ambiente doméstico atrativo

Publicado 16.02.2022, 09:11
© Reuters. Pedestre passa em frente a casa de câmbio em São Paulo
05/02/2020
REUTERS/Rahel Patrasso
AUD/USD
-
USD/ZAR
-
USD/MXN
-
USD/BRL
-
DX
-
B3SA3
-
WDOc1
-

Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar tinha queda pelo terceiro pregão consecutivo nesta quarta-feira, chegando a descer à faixa de 5,15 reais nas mínimas intradiárias, com o mercado repercutindo alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia e continuando a enxergar retornos atrativos na moeda brasileira.

Às 10:04 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,29%, a 5,1654 reais na venda, depois de chegar a cair 0,58%, para 5,1503 reais, no piso do dia. Caso mantivesse esse desempenho até o fim dos negócios, o dólar registraria seu menor patamar para encerramento desde 29 de julho de 2021 (5,0795 reais).

Na B3 (SA:B3SA3), às 10:04 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, a 5,1790 reais.

O recuo da moeda norte-americana à vista estava em linha com a desvalorização do índice do dólar ante uma cesta de seis pares fortes, que perdia 0,1% nesta manhã. Divisas arriscadas pares do real, como peso mexicano, rand sul-africano, rublo russo e dólar australiano, registravam ganhos.

O apetite por risco dos investidores internacionais melhorou desde terça-feira, quando a Rússia afirmou que está retirando algumas tropas da fronteira ucraniana, embora a Otan tenha recebido essa informação com ceticismo.

Vários alertas norte-americanos e britânicos sobre uma invasão russa iminente na Ucrânia haviam assustado os mercados globais nos últimos dias, derrubando ativos arriscados, mesmo com garantias repetidas do Kremlin de que não planeja um ataque.

Conforme monitoravam os desdobramentos geopolíticos, investidores também aguardavam a divulgação da ata da reunião de janeiro do Federal Reserve, em busca de pistas sobre qual será a magnitude do aperto monetário que o banco central realizará em março. O documento será publicado nesta quarta-feira às 16h (horário de Brasília).

Enquanto isso, o Brasil continuava atraindo fortes fluxos de recursos estrangeiros. "O mercado está vendo com bons olhos a decisão do Banco Central de aumentar a Selic desde o ano passado", disse à Reuters Anilson Moretti, chefe de câmbio da HCI Invest.

© Reuters. Pedestre passa em frente a casa de câmbio em São Paulo
05/02/2020
REUTERS/Rahel Patrasso

Isso porque, com os juros em 10,75% ao ano, a taxa de retorno embutida em contratos de real está muito elevada. Ao mesmo tempo, embora o Fed esteja se preparando para aumentar os custos dos empréstimos nos EUA, os rendimentos reais na maior economia do mundo seguem negativos.

Segundo Moretti, caso o dólar rompa o patamar de resistência de 5,15 reais, a moeda pode buscar níveis ainda mais baixos, na casa dos 5,08 reais.

A moeda norte-americana vem de uma sequência de dois pregões consecutivos de queda, fechando a terça-feira em 5,1805 reais, mínima desde 6 de setembro passado (5,1764). E, com o desempenho desta quarta, o dólar ficava a caminho de marcar sua sexta semana seguida de perdas frente ao real, acumulando baixa de 7,5% no ano.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.