Investing.com – O euro opera levemente em alta nesta segunda-feira (13), mantendo-se acima de US$ 1,04 após atingir o fundo em 1,0350 na sexta-feira passada, o menor desde janeiro de 2017, continuando a sofrer com a alta do dólar.
O contexto atual, com um rápido aperto da política monetária pelo Federal Reserve, que está impulsionando mecanicamente o dólar, e a aversão generalizada ao risco diante da guerra na Ucrânia e o risco de recessão e/ou estagflação que destaca o status de porto seguro do dólar e impulsionam a moeda americana, em detrimento do euro.
Entre os eventos mais recentes que contribuíram para o enfraquecimento do euro, destaca-se especialmente os temores de que a Rússia corte o fornecimento de gás para a Europa.
A este respeito, o banco Barclays (LON:BARC) publicou no fim de semana comentários cautelosos, alertando que a queda do Euro poderá aumentar bastante caso este risco se concretize:
"Se a Rússia fechar suas torneiras de gás (para a Europa), esperamos que o EURUSD caia abaixo da paridade."
O banco também acrescentou:
“Nossos economistas estimam que uma perda total de suprimentos russos, combinada com o racionamento do restante, poderia prejudicar o PIB da zona do euro em mais de 5 pontos percentuais anualmente.”
Finalmente, do ponto de vista gráfico, deve-se notar que os gráficos de longo prazo mostram que pouco suporte pode ser visto antes da paridade no caso de uma quebra abaixo do mínimo de janeiro de 2017 em 1,0340. No lado positivo, um retorno acima de pelo menos 1,06 é necessário para aliviar a pressão negativa nos gráficos de longo prazo.
*Publicado originalmente pelo Investing.com França